SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após estudos feitos durante a madrugada desta sexta-feira (16), a gestão Bruno Covas (PSDB) informou que a situação do viaduto que cedeu na pista expressa da marginal Pinheiros é mais crítica do que a esperada inicialmente e que há risco de desabamento da estrutura.

A prefeitura diminuiu o número de funcionários trabalhando em obras de escoramento do viaduto por questões de segurança e solicitou a redução de velocidade dos trens que passam sob a estrutura, já que eles estavam gerando oscilação.

"Passamos a noite inteira fazendo o monitoramento da estrutura e percebemos uma movimentação agora pela manhã e, ouvindo o especialista, aumentamos nosso índice de criticidade da estrutura. Vamos acelerar os procedimentos de segurança, de cimbramento e de apoio à estrutura para que as pessoas possam trabalhar com segurança", disse Vitor Aly, secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, nesta sexta-feira.

"Vamos diminuir o número de pessoas para que trabalhem com segurança. Elas têm especialidade em uma condição crítica como essa. Antes que vocês [jornalistas] perguntem se piorou a situação da estabilidade do viaduto, [digo que] piorou. Existe a possibilidade de ruína? Existe. Inclusive, já ligamos para o secretário de Transportes Metropolitanos e pedimos para a CPTM diminuir a velocidade dos trens, porque eles estavam vibrando e fazendo com que as estruturas se movimentassem. O momento agora é de criticidade e nós vamos acelerar os processos de escoramento para que a gente consiga, depois de estabilizar a estrutura, dar prosseguimento nas obras de segurança e recuperação da estrutura", completou Aly.

A pista foi totalmente bloqueada por volta das 4h da quinta (15), no começo do feriado da República, e deverá permanecer assim pelo menos até terça (20), Dia da Consciência Negra, último do feriadão prolongado. 

O viaduto que cedeu passa sobre os trilhos da linha 9-esmeralda da CPTM. O local é rota de acesso à rodovia Castello Branco e próximo ao shopping e ao parque Villa Lobos.

É provável que a interdição, pelo menos parcial, se estenda para além do feriadão, implicando em complicações maiores no trânsito a partir de quarta-feira (21).