SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, conseguiu manter sua maioria parlamentar por ora e evitar a convocação antecipada de eleições legislativas no país, inicialmente marcadas para novembro de 2019.

O feito do premiê se deu pela manutenção do apoio do ministro da Educação israelense, Naftali Bennett, líder do partido de extrema direita Casa Judaica.

Bennett cobiçava comandar o Ministério da Defesa, após a renúncia do então ministro Avigdor Lieberman, na última quarta-feira (14). Contudo, foi rejeitado por Netanyahu, que assumiu interinamente a pasta. Especialistas previam que o grupo de Bennett deixaria o governo em retaliação, o que não ocorreu.

Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (19), o ministro da Educação disse que o Casa Judaica retirou todas as suas exigências políticas e que permanecerá ao lado do premiê israelense, que está em seu quarto mandato. 

Com a renúncia de Lieberman —chefe do partido Beitenu, que tem cinco cadeiras no Parlamento israelense—, a maioria parlamentar de Netanyahu caiu para apenas um deputado —61 de 120—, o que colocou sob risco a coalizão governamental.

O então ministro da Defesa deixou o governo israelense em protesto ao cessar-fogo concluído após uma onda de violência na Faixa de Gaza. Lieberman é a favor de aplicar medidas mais duras contra o grupo islâmico Hamas, que controla Gaza.