Geraldo Bubniak – O presidente do Paranu00e1 Clube

O presidente do Paraná Clube, Leonardo de Oliveira, acusou o empresário Carlos Werner de tentar atrapalhar o trabalho da atual diretoria. As declarações foram em entrevista exclusiva ao site UOL Esporte. Werner investiu dinheiro no clube desde 2015 e, segundo Oliveira, rompeu com a atual diretoria no ano passado.

O momento mais polêmico da entrevista é quando Oliveira afirma que Werner passou a atacar a diretoria do clube após não conseguir ficar com a posse do CT Ninho da Gralha. “É uma penhora do CNPJ do clube. A justiça do trabalho passa a administrar o clube dentro dos termos. E nisso, como ele tinha desistido do acordo do Ninho da Gralha, o CT estava no nome do Paraná. E ele perdeu essa possibilidade. Aí ele despirocou de vez, as coisas ficaram terríveis entre eu e ele. Começou a me atacar, a atacar o Pastana, que é uma forma que ele encontrou de desestabilizar”, declarou Oliveira, para o UOL. 

O presidente relatou que Werner tem trânsito livre entre setores da imprensa paranaense e da torcida organizada, mas não quis citar nomes. “Hoje estão descobrindo quem é o Carlos, numa situação bem difícil para ele e para a sequência do clube. Quando eu trabalhava com ele, já pagava formadores de opinião em rádios, um outro que mexe com redes sociais do Paraná, uma quadrilhazinha que fica tentando conduzir a opinião pública. Isso tudo ele está usando contra mim e contra o Pastana (Rodrigo, executivo de futebol)”, criticou. “Ele, completamente rachado em relação ao clube, entrou em rota de colisão com os antigos gestores também. Eu nunca quis atacá-lo por que, apesar de tudo, ele foi um cara que ajudou o clube, botou 20 milhões, apesar das cagadas, permitiu que o clube continuasse”, comentou o presidente.

Oliveira relatou que a ruptura ocorreu quando o executivo de futebol Rodrigo Pastana – indicado por Werner – vetou a ideia de o Paraná disputar o Campeonato Paranaense de 2017 com o time Sub-17. Na época, as categorias de base eram gerenciadas por Werner. “Tem uma geração sub-17 que é campeã paranaense e o Carlos quis usar essa geração para ser a base do clube em 2017. Nesse momento, o Carlos bancava sozinho o clube, que não tinha receita. Ele contratou o Pastana e no final de 2016 a gente conseguiu uma sinalização pelo acordo trabalhista, mas não no modelo que a gente queria. Viramos o ano com isso, o Pastana assumiu, começamos a conversar. Foi montada uma estrutura, começaram a trabalhar, e dentro dessas duas semanas o Carlos diz, "o negócio é o seguinte, desse jeito não vai dar, tem que mandar ele embora”, contou Oliveira. 

O UOL procurou Carlos Werner, que não quis dar entrevista.