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Em 2019, o Departamento de Pontes e Drenagem da Secretaria Municipal de Obras Públicas, entre implantações e ações de manutenção, fez 169 intervenções em pontes e passarelas da cidade, tornando mais seguro e ágil o trajeto de pessoas que precisam cruzar rios, córregos e ruas para chegar aos seus destinos.

No campo de infraestrutura de drenagem, que protege os curitibanos de inundações e enchentes, o departamento realizou cerca de 1.500 ações, como: limpeza e desassoreamento de rios e córregos; substituição de tubulações de galerias de águas pluviais subdimensionadas; limpeza de galerias de águas pluviais; construção de muro de arrimo para contenção de taludes nas margens de rios e córregos.

O prefeito Rafael Greca exalta também a importância do trabalho feito na área de macrodrenagem, como a obra que está em andamento nos córregos Santa Bernadete, Henry Ford, Vila Guaíra e Vila Cortume e no Rio Pinheirinho, que recebe as águas desses córregos. “São várias frentes de trabalho com o objetivo de conter as cheias na bacia do Rio Belém. Os efeitos já são sentidos e garantiremos mais segurança e qualidade de vida aos curitibanos que moram do Parolin ao Boqueirão”, disse Greca.

De acordo com o secretário municipal de Obras Públicas, Rodrigo Rodrigues, as intervenções devem ser concluídas em 2020 e, no rio e córregos, foram e estão sendo implantados muros para conter as margens e caixas de contenção. São cerca de três quilômetros com serviços que irão minimizar o risco de enchentes.

“O sistema que está sendo construído vai retardar o fluxo da água dos córregos e do próprio Rio Pinheirinho, que irá desaguar no Rio Belém com menos potencial para causar inundações e estragos”, disse Rodrigues.

Pontes e passarelas  

Das 169 intervenções feitas em pontes e passarelas, 13 foram de implantação de estruturas de concreto e madeira. Outras 12 foram para substituir pontes e passarelas de madeira. A maior parte dos serviços, 144 ações, se refere a trabalhos de manutenção de pontes e passarelas de madeira, concreto, metal e mistas.

Entre os casos considerados de manutenção está o da passarela de madeira sobre o Rio Belém, que liga os dois lados da Rua Walter Marquardt, no Rebouças. A antiga passarela foi destruída pela correnteza do rio durante as fortes chuvas que castigaram Curitiba no dia 21 de fevereiro. A nova passarela ficou mais larga e ganhou acessos em forma de rampa de concreto, o que garante mais acessibilidade.

Ferroviário aposentado e morador da Rua Walter Marquardt há mais de 30 anos, Luís Laertes Portela destacou a agilidade da Prefeitura em reconstruir a passarela.

“Não é comum que o poder público tenha condições de reagir tão prontamente às demandas da população. Aqui foi rápido e a passarela ficou ainda melhor que a antiga. Ótimo para mim, que tenho uma filha que mora do outro lado do rio e uso demais essa passarela”, contou. 

Mais drenagem

Dia a dia, o trabalho de prevenção a enchentes não pode parar. Rios, córregos, canais e galerias de águas pluviais precisam estar limpos, desassoreados, desobstruídos e em perfeito funcionamento para que o impacto dos temporais seja minimizado.

Somente em 2019, 63.883 metros de rios, córregos e canais receberam limpeza e intervenções de desassoreamento.

Às galerias de águas pluviais foram dedicados 1.190 serviços de limpeza, desobstrução e também de manutenção. Ainda foram implantados 3.266 metros de galerias tubulares.

Entre as implantações que merecem destaque está o caso de um conduto forçado na Rua Emílio de Almeida Torres e dois na Rua Tito Calderari, no Conjunto Olarias, no Campina do Siqueira. A técnica utilizada foi inovadora nas obras da Prefeitura e fez com que a água da chuva passasse a ser levada por gravidade da parte alta do bairro até o Rio Barigui, sem espalhar água e reduzindo o risco de inundações.

A extensão total dos condutos atinge 782 metros e o investimento necessário para realizar a intervenção foi de R$ 5,212 milhões. Foram 330 metros na Rua Tito Calderari e 452 metros na Rua Emílio de Almeida Torres.  

Evandir Ribeiro abriu sua panificadora na esquina das ruas Tito Calderari e Deputado Nilson Ribas há 22 anos. Fez do local um ponto de encontro dos moradores do bairro. Sofreu e ouvia as histórias de sofrimento dos vizinhos.

“Esse lugar era feio. As ruas eram de antipó, mas poeira não faltava. E, quando chovia muito, tudo ficava alagado. Depois de pronta a obra, ficou um sossego. Não tivemos mais problemas e a região toda melhorou”, disse.

Galerias

Também foram implantadas a galeria celular na Rua Natal (Cajuru), próximo ao cruzamento com a rua Raymundo Nina Rodrigues, que melhorou o escoamento das águas pluviais no córrego da Vila Oficinas, integrante da Bacia do Rio Atuba; da galeria de águas pluviais da Rua Presidente Wilson (Uberaba), que passou a captar e conduzir a água da chuva para o Rio Belém e diminuiu a ocorrência de alagamentos; e a galeria de águas pluviais da Rua Tenente Tito Teixeira de Castro, entre a rua das Carmelitas e o Rio Belém (Boqueirão), que era uma antiga reivindicação dos moradores da região.