Entre frutas, verduras, legumes e peixes, gerações de feirantes trabalham para manter a tradição de um dos ofícios mais antigos da humanidade. Em Curitiba, um dos pontos mais tradicionais nas feiras é o Koga Pescado, que há mais de 45 anos marca presença nas feiras matinais de terça a domingo.
A trajetória da família Koga como feirantes, contudo, remonta a um período ainda mais distante. Tudo começou há 70 anos, quando Maçaru Koga, hoje com 83 anos, acompanhava o pai nas viagens diárias do Ahú até onde hoje fica a Praça Tiradentes, onde eles vendiam verduras e legumes.
Em 1965, ao mesmo tempo em que inaugurou sua peixaria, Maçaru também montou sua banca de pescados. Quatorze anos depois, trocou a banca pelo trailer, numa mudança até então inédita. Sempre com o apoio da esposa, Eloísa, 78 anos.
Hoje, porém, quem cuida do negócio é Sergio Koga, filho de Maçaru – que mesmo oficialmente aposentado, nunca pendurou o jaleco nos últimos 53 anos e segue trabalhando ao lado da esposa, do filho, da neta, Heloíse, e da nora, Cássia.
“Entre os feirantes, a maioria trabalha com familiares. São raros os que têm funcionário, é quase tudo família. Não dá para ficar rico trabalhando de feirante, mas dá para viver bem”, afirma Sergio. “ Temos clientes que já estão na quarta geração. Uma cliente, inclusive, começamos a atender quando ainda era solteira. Hoje, já atendemos os bisnetos dela”, conta, orgulhoso.
