TAÍS HIRATA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Na véspera da entrada em vigor da reforma trabalhista, as principais centrais sindicais do país se concentraram na praça da Sé, no centro de São Paulo, para protestar contra as novas leis e o avanço da reforma da Previdência, que o governo tenta aprovar ainda neste ano. As entidades prometeram convocar greve caso a reforma avance no Congresso. “Se colocar pra votar [a reforma], vamos fazer uma grande paralisação geral”, afirmou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna.

Os representantes das centrais também mandaram recados aos parlamentares, afirmando que os trabalhadores não votariam naqueles que apoiassem as reformas nas eleições do ano que vem. A manifestação foi marcada por uma adesão abaixo do esperado e por divisões entre as organizações sindicais -até o início do ato, não se sabia ao certo se o grupo caminharia até a avenida Paulista ou se permaneceria no local. Ao fim, apenas parte dos manifestantes, liderados pelo Sinpeem (sindicato dos professores municipais de São Paulo), seguiu o trajeto até o Masp, onde se dispersaram. A estimativa da PM foi de 2.000 pessoas na praça da Sé. As centrais falaram em 20 mil, mas minimizaram a suposta baixa adesão. “Na realidade, [o ato] é uma ação simbólica pela entrada em vigor da reforma trabalhista, mas todo o movimento sindical está consciente, com várias atividades, inclusive com [a negociação] dos acordos coletivos”, disse Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores).