O PSD – partido do governador Ratinho Júnior – confirmou ontem a indicação do atual vice-prefeito, Eduardo Pimentel para a chapa de reeleição do prefeito Rafael Greca (DEM). Pimentel era do PSDB até abril, quando deixou o “ninho tucano” para se filiar ao partido do governador já com vistas à uma composição.
Inicialmente, o PSD tinha como candidato próprio à prefeitura da Capital, o deputado federal Ney Leprevost, que em 2016 disputou o segundo turno com Greca, fazendo mais de 400 mil votos. A entrada de Pimentel no partido, com o apoio do governador, acabou isolando Leprevost. No último dia 6, o deputado anunciou que desistiu de concorrer este ano, depois que Ratinho Jr pediu para que ele voltasse ao governo.
A pedido do governador, outros dois candidatos se retiraram da disputa: o ex-prefeito e deputado federal Luciano Ducci (PSB) e o ex-prefeito de Pinhais (região metropolitana de Curitiba), Luizão Goulart (Repub). Ratinho Jr teria agido assim como forma de abrir caminho para a reeleição de Greca, em troca do apoio do prefeito à seu próprio projeto de reeleição para o governo do Estado em 2022. Apesar desse esforço de articulação, Ratinho Jr tem sinalizado que não deve se envolver na campanha em Curitiba no primeiro turno, já que outros candidatos de partidos aliados ao seu governo estão na disputa, como o deputado estadual Fernando Francischini (PSL), a deputada federal Christiane Yared (PL) e Carol Arns (Pode).
Nacional – Além disso, um dos principais adversários do atual prefeito, o deputado federal e também ex-prefeito Gustavo Fruet (PDT), desistiu de concorrer alegando falta de recursos para a campanha, e foi substituído pelo deputado estadual Goura. Nos bastidores, a informação é de que Fruet teria sido vítima de uma articulação entre as direções nacionais do PDT, seu partido, e do Democratas, legenda de Greca. Segundo essa versão, a cúpula do PDT teria concordado em retirar candidaturas às eleições municipais em cidades comandadas pelo DEM, em troca de um possível apoio do Democratas à candidatura à presidência da República do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) em 2022.
