Ana Clara Garmendia – A cor u2013 Foto feita em janeiro. Ju00e1 era o anu00fancio de um ano bem dedicado u00e0 cor

Vou elencar nas semanas que restam fatos, modas e imagens que marcaram meu ano e também o do mundo da moda. 
Uma cor que começou arrasando e termina ainda em alta é o amarelo. Já no inverno, ele apontava como forte, depois tivemos o casamento real e, ao usá-lo, Amal Clooney consagrou geral. Era a mais linda num vestido da Stella McCartney. Depois, eu já falei sim e sempre a historia de recontar coisas, porque a moda é assim mesmo, cíclica, louca, repetitiva, chata, mas é também maravilhosa, se pensarmos que serve para nos mostrar um lado bom da vida já que ela nem sempre é tão linda assim e que 2018 foi um ano duro demais para passarmos pensando nela.  
A marca do ano? Givenchy. Foi o ano da morte do seu criador Hubert de Givenchy e também o auge de Clare Waight Keller, homenageada na premiação do British Award como a Melhor Designer com entrega do prêmio das mãos de Meghan Markle, a quem ela vestiu para o casamento, o da atriz com Harry, filho mais novo de Diana, a ex de Charles que agora é o marido de Camila. 
Papo de tia, mas é isso mesmo. Continuemos porque é isso mesmo que eu quero mostrar para vocês hoje, mais um pouco até, mas o texto é o que estou conseguindo escrever para tirar tudo de um marasmo que quase cega quem fica nas modas durante muito tempo. 
Penso que seria melhor gritar para todas mulheres do mundo acordarem e pensarem em si mesmas de uma maneira mais generosa e também para praticarem a sororidade, mas talvez eu não tivesse sucesso, então, vai passar assim, aqui, esta mensagem junto com o look verde da Givenchy, a bolsa Celine (sem acento) do Hedi Slimane com a Lady Gaga como garota propaganda e também com a dica para vocês assistirem ao documentário sobre o Lee Alexander McQueen, para mim, o melhor do ano. 
Ele tem 111 minutos e mostra a trajetória do gênio e doido estilista que criou grandes momentos da moda até pirar e se suicidar em 2009, bem no período do último desfile onde ele chegou a planejar cometer o ato final ali na frente de todos, mas acabou desistindo porque um amigo – sim, amizades salvam ou ajudam – o aconselhou a não traumatizar as pessoas e ele teve compaixão e deixou de lado a ideia. 
Tudo absolutamente compreensível quando se pensa que a moda come as pessoas e o dinheiro que rola em torno de grandes marcas e egos sensíveis pode levar tudo à destruição. O lado podre da beleza toda. Semana que vem falo mais sobre outras coisas que foram destaque em 2018 e fecho com a cafonice que colunas de moda requerem. Beijos!


Ana Clara Garmendia

A bota – Não teve outra vedete maior em 2018 do que a bota branca em todas as suas facetas. A gente viu e reviu aqui


Givenchy/divulgação

A grife – Uma imagem da Givenchy. Uma das muitas que mudaram a moda em 2018, influenciaram e fizeram da Clare Waight Keller ser premiada pelo British Awards. Inglesa, ela conseguiu resgatar a elegância francesa que Hubert imprimiu na moda mundial do século 20 e que andava meio perdida em meio a um apelo de streetwear. Givenchy foi uma das únicas marcas a apostar no luxo e na simplicidade


Divulgação

Sem acento – Uma das maiores polêmicas do ano na moda foi a saída de Phoebe Philo da Céline e a entrada de Hedi Slimane. Primeiro ato dele: tirar o acento da marca que virou Celine, depois zerar as imagens do Instagram e lançar uma bolsa nas mãos de Lady Gaga