Divulgação – Campanha Cuidando do Cuidador da Consonare

Há quase duas décadas, uma prima trouxe o seguinte questionamento: “por que filhos e marido delegam a mim as tarefas de providenciar as refeições, compras no mercado, agendas de família, pagamentos das contas da casa, matrícula de cursos, orçamentos de serviços de manutenção, programação das férias…e mais uma lista de afazeres?” –  O tom era de cansaço, de limite extrapolado e certa indignação, porém ela mesma deu a resposta: “porque eu me disponho a fazer e não distribuir essas atividades e isso passou a ser responsabilidade minha, então eles acham que está tudo bem, que tudo isso posso fazer sem problemas”, concluiu.

Quem cuida ou assume esse papel, seja em caráter temporário ou definitivo, se leva à exaustão nem sempre por escolha própria. Entretanto, o tempo se encarrega de formar na pessoa cuidadora um certo verniz de controle (a ilusão do superego em administrar seu grupo social).

Vamos partir do ponto do cuidador por circunstância, ou seja, pais, professores, no caso em que vivemos mundialmente, os profissionais da saúde, em que dada à realidade vivida e preterida, é seu papel zelar e honrar o compromisso do cuidado alheio. Isso, contudo, não o exime de receber cuidados, pois sua condição o torna mais vulnerável ao estresse físico, mental e emocional.

Não se permitir ser cuidado, denota o medo de perder o status que o mantém como cuidador e nessa cadeia ilimitada, sua energia se esvai e aí ele geralmente entra em pane. 

Permissão – Quando o cuidador percebe que seu papel se mantém ativo com equilíbrio, é porque dá passe livre ao seu estado de permissão, ou seja, há um dia, um ciclo em que libera seu corpo, mente e alma para receber de outras pessoas, naquele momento, dispostas a cuidá-lo.

O terapeuta que deixa de ser paciente, os pais que deixam de ser filhos, os professores que deixam de ser alunos e assim cada qual adapta para sua realidade, por vezes criam uma capa super protetora para depois se esconder no limbo pessoal da exaustão, sem repor, renovar e distribuir sua energia ativa. Adoecem de várias formas e passam a também ser cuidadores doentes.

A permissão é a forma genuína de apresentar nossa fragilidade, nosso pedido de ajuda e assim, abrir o canal para a melhora desse estado. Ninguém quer tomar posse do lugar do cuidador, e sim, valorizar seu trabalho e apoiar quando necessário.

Campanha – A Consonare, maior plataforma de Terapias Integrativas da América Latina, lança a segunda edição da campanha “Cuidando do Cuidador”, com valores sociais para profissionais da saúde. O objetivo é proporcionar melhor qualidade de vida e bem-estar nesse momento desafiador para todos àqueles que estão cuidando de pacientes da COVID-19. Mais informações no site http://www.consonare.com.br/ 

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*Ronise Vilela é criativa de conteúdos de Comunicação Afetiva e Psicanalista Integrativa. Em março com valor social para sessão on-line de terapia. Contatos via WhatsApp AQUI

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