SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O rapper americano XXXTentacion, 20, foi morto nesta segunda-feira (18) à tarde em Miami, na Flórida, nos EUA.

Segundo informações da polícia local, o músico – cujo nome verdadeiro era Jahseh Dwayne Onfroy – foi atingido por disparos de arma de fogo na frente de uma concessionária de motocicletas em Deerfield Beach, a 40 quilômetros de Miami.

Segundo um áudio de uma ligação para a polícia obtido pelo site TMZ, que primeiro noticiou o crime, XXXTentacion deixava a loja quando foi abordado por dois homens negros vestidos com agasalhos e encapuzados.

Os atiradores dispararam diversas vezes e, segundo informações, levaram uma bolsa com bens e documentos do músico, que ainda foi levado a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Apesar da versão oficial por enquanto indicar um latrocínio (roubo seguido de morte), os fãs passaram a especular sobre um homicídio, com base em vídeo que o artista havia gravado, há algumas semanas, durante o qual dizia ser perseguido.

“Se o pior acontecer e eu morrer, uma morte trágica ou algo assim, e eu não tiver como viver meus sonhos, eu quero que as crianças sigam minhas ideias, e as transmitam, e façam disso algo positivo”, disse o rapper durante a transmissão.

XXXTentacion era uma estrela em ascensão no hip-hop – mais especificamente do subgênero conhecido por “emorap”, fruto de uma mescla do rap com elementos do rock e do rhythm and blues.

Ele havia lançado seu primeiro disco, “17”, em agosto do ano passado. 

O segundo álbum, intitulado “?”, saiu em março passado e acumulou resultados impressionantes: foram 26 milhões de audições no Spotify somente no primeiro dia, e o disco estreou em primeiro lugar no ranking da Billboard.

No Spotify, seu maior sucesso, “Sad!”, acumula mais de 270 milhões de audições. Outros hits incluem as canções “Changes”, “‘Roll in Peace” e “Look at Me!”.

Apesar da pouca idade, o músico acumulava passagens pela prisão por diversas acusações.

Ele havia acabado de cumprir uma pena de prisão domiciliar por um episódio em que invadiu uma casa, em 2015, e aguardava julgamento por uma acusação de violência doméstica, em 2016, contra sua namorada, que à época estava grávida.