Valquir Aureliano/Arquivo BP

Pré-candidato ao governo, o deputado estadual Ratinho Júnior (PSD) anunciou que pretende mobilizar as bancadas do PSD e do PSC e outros aliados para barrar o aumento médio de 15,99% das tarifas da energia elétrica que passou a valer ontem. Para o deputado, o aumento penaliza a sociedade e dificulta a atividade econômica no estado, diminuindo a geração de emprego e renda. A estratégia de Ratinho Jr é apresentar na sessão da Assembleia Legislativa de hoje, um requerimento solicitando à Copel e ao governo estadual a revisão do reajuste. O aumento passa a valer já neste domingo para 4,5 milhões de unidades consumidoras do Paraná. Consumidores residenciais e de comércios de pequeno porte terão reajustes de 15,3%. Os consumidores industriais e de estabelecimentos de grande porte terão elevados em 17,55%.

Osmar também chama
Primeiro pré-candidato ao governo a reclamar do aumento na conta de luz, o ex-senador Osmar Dias também pretende utilizar do reajuste para atacar o governo Cida Borghetti (PP), pré-candidata à reeleição. Sem mandato para questionar oficialmente como faz Ratinho Jr, Osmar usa das redes sociais. Em vídeo publicado na data em que o aumento foi anunciado, disse que a medida é “falta de competência para governar”.   

CPI da Lava Jato
Mais três deputados paranaenses dizem ter retirado seu apoio à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lava Jato, que deve investigar irregularidades em delações premiadas da Operação Lava Jato. Depois de conseguir 190 assinaturas (nove de 30 deputados paranaenses), o suficiente para que o requerimento fosse aprovado, a repercussão negativa fez com que diversos deputados recuassem. Eles alegam ter sido “enganados” pela Liderança do PT na Câmara, autora da proposta. Do Paraná, além de Rubens Bueno (PPS) e Toninho Wandscheer (PROS), que já haviam declarado que tentariam retirar as assinaturas, agora Assis do Couto (PDT), Osmar Serraglio (PP) e Alfredo Kaefer (PP) também recuara. Da bancada paranaense, ainda mantêm o apoio os deputados Ênio Verri (PT), Ricardo Barros (PP) e Zeca Dirceu (PT). No total, segundo contagem do site O Antagonista, houve 78 desistências. Apesar dos recuos, o regimento da Câmara não permite que as assinaturas sejam retiradas. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM), é que pode instalar ou engavetar a CPI.

Richa fiel a Alckmin
O ex-governador Beto Richa (PSDB), pré-candidato ao Senado, se mantém fiel ao presidenciável do PSDB, exgovernador de São Paulo Geraldo Alckmin. Enquanto o senador Aecio Neves (PSDB-MG) jantava com o presidente Michel Temer (MDB) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), em Brasília, para debater a substituição de Alckmin pelo ex-prefeito João Doria (PSDB-SP) na corrida presidencia, conforme noticou o Estadão, Beto Richa, presidente do PSDB no Paraná, já divulgava a vinda de Alckmin ao Estado. O presidenciável tucano vem ao Paraná na próxima quinta-feira (28). “Nosso pré-candidato à presidência da República fará a apresentação do seu programa de governo para a área da agricultura. O encontro será na sede da Amop, em Cascavel. Espero vocês lá!”, anunciou Richa no Instagram.