Franklin de Freitas – A escola deve deixar claro para onde vai o dinheiro da mensalidade

O mês de setembro já está quase no fim e, além da Primavera, com ele começam a chegar os comunicados sobre os aumentos das mensalidades escolares. Cada escola é livre para praticar o reajuste que achar necessário. A exemplo de ano anteriores, neste ano os aumentos tendem a superar a inflação do ano. De acordo com os dados do Banco Central, a inflação de 2018 deve ficar na casa do 4,11%

Segundo os dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), nos últimos anos os valores ficaram acima da inflação oficial medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pelo Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA). Em 2016, o IPCA foi de 6,29% e o reajuste do item Educação foi de 11,31%. Em 2017, o reajuste foi de 8,46% quando a inflação ficou em 2,95%. 

Ainda de acordo com o levantamento, os maiores reajustes das mensalidades têm pesado mais o Ensino Fundamental. Em 2018, por exemplo, o reajuste foi de 7,36%, contra os demais reajustes de 6,75% (Ensino Médio), 4,88% (Ensino Superior) e 3,47% (Mestrado). 

A presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná (Sinepe-PR), Ester Cristina Pereira, explica que a política de reajustes é livre. “O estabelecimento precisa apenas tomar o cuidado de informar aos pais as causas do aumento, ou seja, a escola tem de deixar claro para onde vai o dinheiro das mensalidades”, conta. “E isso precisa ser feito com tempo hábil para os pais procurarem uma outra escola caso não tenham como arcar com as novas despesas ou ajustarem o orçamento para fazer frente aos novos valores”, esclarece.
Os reajustes médios das mensalidades (%) 

Cursos

 

 

 

 

2016

2017

2018

Fundamental

9,56

10,79

7,36

Médio

8,73

10,61

6,75

Superior

11,96

8,70

4,88

Mestrado

9,63

10,59

3,47