O presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), José Luiz Gandini, afirmou nesta quarta-feira, 3, que ainda há muito pouco de concreto sobre o acordo entre Mercosul e União Europeia e ainda não se sabe ao certo quem será realmente beneficiado. Para ele, a aprovação das reformas da Previdência e tributária tem mais potencial de afetar positivamente a venda de carros importados do que o entendimento entre os dois blocos econômicos.

Ele destacou que uma possível cota de 32 mil unidades anuais para veículos exportados da União Europeia para o Mercosul, a uma tarifa de 17,5%, conforme prevê as linhas gerais do acordo, ajudaria, mas é preciso entender o detalhamento. Segundo Gandini, ainda será necessária uma regulamentação dos termos. E lembrou que há resistências, por exemplo, pelo lado da França. “Ninguém sabe nada ainda, precisamos ver quem realmente vai ser beneficiado”, disse.

Gandini afirmou ainda que, nas reuniões recentes em que esteve presente, percebeu alinhamento entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre.