SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Federal prendeu o reitor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Luiz Carlos Cancellier de Olivo, e outras seis pessoas ligadas à instituição nesta quinta-feira (14).
Segundo a PF, o grupo é suspeito de desviar recursos de programas de educação a distância. A operação apura extravio de repasses federais de R$ 80 milhões.
As prisões ocorreram durante operação batizada de Ouvidos Moucos –referência à desobediência da universidade aos pedidos e recomendações de órgãos de fiscalização, segundo a PF.
A investigação apontou que docentes, funcionários de fundações parceiras e empresários atuaram em conjunto para desviar valores.
Foram concedidas bolsas de tutoria para pessoas sem qualquer vínculo com o ensino superior a distância, e parentes de professores do programa receberam “quantias expressivas” em bolsas.
Professores ainda foram coagidos a repassar metade das bolsas a envolvidos nas fraudes, segundo a PF.
COLABORAÇÃO
A UFSC ocupou a 8ª posição entre as melhores instituições de ensino superior do país no último RUF (Ranking Universitário Folha).
Por meio da assessoria de imprensa, a UFSC disse que foi “tomada por absoluta surpresa” pela prisão do reitor.
Ela afirmou que a administração central da universidade tinha conhecimento de apuração da Corregedoria-Geral da instituição sobre “supostas irregularidades ocorridas em projetos executados desde 2006”.
“Sempre mantivemos a postura de transparência e colaboração, no sentido de permitir a devida apuração de quaisquer fatos”, informou a UFSC em nota.