Ao lançar um carro no mercado, as montadoras sempre tomam o máximo de cuidado para que o veículo esteja em perfeitas condições. Porém, algumas vezes há ocorrências de defeitos de fábrica em massa; nesses casos ocorre o chamado recall.
O recall ocorre quando o veículo recém lançado no mercado está com algum defeito que passou despercebido pelo controle de qualidade da fábrica. É muito comum acontecer esse tipo de coisa, já que o processo de montagem de um veículo é feito por diferentes setores, e algum defeito pode passar batido em alguns casos.
Quando isso ocorre, a montadora tem a obrigação de convocar os compradores para consertar o defeito sem nenhum adicional no valor do veículo, já que é um erro de fábrica.
Entretanto, algumas perguntas muito comuns relacionadas a isso são: o que acontece se o veículo não for levado ao recall? E como se deve agir em uma situação como essa?


Fique atento

Como identificar que o veículo precisa ir ao recall?

  • Quem é o responsável pela identificação do problema no carro é a própria montadora. É ela que vai convocar o recall assim que detectado o problema no veículo.
  • A identificação do problema no produto pode ocorrer dentro da própria fábrica, por meio de fiscalização do modelo em circulação, ou também por meio de reclamações em massa de clientes.
  • Assim que o defeito é encontrado, a montadora tem a obrigação legal de convocar o recall para todos os clientes, sem exceção, que adquiriram o modelo defeituoso.
  • A comunicação de um recall é feita pelos mais variados canais de comunicação: televisão, rádios, redes sociais e canais de defesa do consumidor, como o Procon.

O cliente é obrigado a levar o veículo ao recall?

  • Tecnicamente, o cliente não é obrigado a levar o carro ao recall. Entretanto, é extremamente recomendável que o veículo seja levado para o conserto, pois é a segurança do motorista e passageiros que está em jogo.
  • A montadora, caso o cliente não leve o produto ao recall, não pode multar ou punir de qualquer forma o comprador, uma vez que o erro é dela mesma.
  • Para facilitar o recall, a fábrica determina um prazo bastante longo para que o cliente leve o carro ao conserto.
  • Entretanto, está em tramitação desde de 2012 um projeto de lei que obriga o cliente a levar o veículo ao recall quando for convocado pela montadora.
  • Apesar dessa lei ainda não estar aprovada, o comprador de um veículo com recall convocado deve levá-lo para evitar problemas futuros, inclusive com uma possível venda do veículo.
  • Qual a importância de se atender a um recall?
  • Em 2018 foram realizadas 137 campanhas de recall, mas de todos os donos de carros defeituosos, apenas pouco mais de 15% efetivamente levaram o produto para o conserto.
  • Nesse sentido, vê-se que a maioria dos usuários não está dando a real importância ao recall, e está pondo sua própria segurança em risco.
  • O recall oferece ao comprador do veículo a chance de consertar o defeito do carro para evitar problemas ainda maiores decorrentes da persistência desse defeito no produto.
  • O cliente que opta pelo recall não só escolhe por sua segurança como a de todos os outros usuários, já que assim evita acidente de trânsito envolvendo terceiros por causa de um problema técnico.
  • O recall de veículos é uma forma da montadora evitar problemas de segurança para o cliente e problemas jurídicos para ela. Assim, é essencial que o dono do carro sempre fique atento a possíveis convocações por parte da montadora.
  • Para levar o veículo ao recall, tudo o que o comprador vai precisar é dispor de um pouco de tempo, mas que será bem gasto, já que é pela segurança dele e dos passageiros.