O deputado estadual Ricardo Arruda (PEN) – que é pastor da Igreja Mundial do Poder de Deus – causou revolta entre os deputados da bancada do PT na sessão de ontem da Assembleia Legislativa. Ao criticar a presidente nacional do partido, senadora Gleisi Hoffmann, Arruda se referiu a ela como amante, repetindo o termos várias vezes. O primeiro a reagir foi Péricles de Mello (PT), que questionou o porque do parlamentar evangélico usar esse termo contra a dirigente. O termo amante não fui eu que inventei. Está em toda a imprensa do Brasil, respondeu Arruda.

Baixaria
Mais tarde, durante a sessão, Péricles voltou a criticar o deputado, classificando o discurso de Arruda como um ataque violentíssimo, baixo e covarde. Segundo o petista, o parlamentar teria todo o direito de criticar a senadora por questões políticas, mas não pessoais, atacando a honra de uma mulher que não está aqui para se defender de forma machista. Isso não é digno de um pastor evangélico. A Bíblia que ele lê não é a mesma que eu leio, afirmou Péricles. Arruda tentou rebater, pedindo um aparte, mas o deputado do PT rejeitou o pedido. O senhor não merece mais aparte. É o castigo para não falar mais besteira, afirmou.

‘Fake news’
O deputado estadual e ex-candidato a prefeito de Curitiba, Ney Leprevost (PSD), prestou ontem depoimento à Polícia Federal. Ele depôs na condição de testemunha sobre o uso das chamadas fake news, ou notícias falsas, na campanha eleitoral. Leprevost afirma ter sido vítima desse tipo de crime virtual na eleição para prefeito de 2016. Quero parabenizar a Polícia Federal pela preocupação de combater esses pistoleiros virtuais que são altamente nocivos para a democracia, afirmou Leprevost.

Economia
A Câmara de Curitiba fechou 2017 com economia de R$ 42 milhões, que foram devolvidos aos cofres do Município. Se considerar que o Legislativo abriu mão de parte do orçamento de R$ 181,8 milhões previsto pela Constituição, optando por R$ 148,7 milhões, a economia chegaria a R$ 75 milhões. Os dados foram apresentados ontem em prestação de contas pela diretora contábil-financeira da Casa, Aline Bogo.

Folha de pessoal
Em 2017, a Câmara empenhou R$ 106,3 milhões em despesas, abaixo do orçamento do Legislativo, que fechou em R$ 148,7 milhões, ou seja, uma economia de R$ 42 milhões, que foram devolvidos à prefeitura. O maior gasto é com pessoal: R$ 92 milhões, o que representa 87,02% do orçamento empenhado. Desse total, 49,7% são para o quadro de pessoal efetivo, 41,8% para comissionados e 8,3% para os salários dos vereadores.

Licenças
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em investigação que envolve um servidor público municipal de Foz do Iguaçu. São investigados supostos crimes previstos na legislação ambiental – emissão de licenças ambientais indevidas mediante pagamento de propina -, além de delitos contra a administração pública e lavagem de dinheiro.

Concurso
O Tribunal de Contas do Estado (TCE/PR) anulou concurso público para a contratação de zelador na Câmara Municipal de Farol (Centro-Oeste). O presidente da Câmara Municipal, Valdemar Correia dos Santos, recebeu três multas que somam R$ 5.883,00. Segundo o TCE, entre as irregularidades estariam o prazo curto para as inscrições (10 dias), a exigência de que elas só fossem feitas pessoalmente e a ausência de comprovação da capacidade técnica do escritório de advocacia Andrade e Rodrigues – contratado sem licitação – para a elaboração das provas.