SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Fora do São Paulo, Ricardo Rocha revelou, nesta quinta-feira (6), que a decisão de demitir o técnico Diego Aguirre a cinco rodadas do fim do Campeonato Brasileiro contrariou a vontade do próprio departamento de futebol do clube.
Segundo o ex-jogador, a troca no comando técnico foi acertada em uma reunião da diretoria, da qual ele não participou. Raí, executivo de futebol do clube, esteve presente em nome da pasta e defendeu a permanência do treinador, mas foi voto vencido.
Em nenhum momento, eu e Raí falamos em queda do treinador. Ele estava muito triste, e eu também. O time estava jogando muito mal, fizemos péssimos jogos, mas o Aguirre foi importante para gente. Faltavam cinco jogos, e ele poderia continuar, disse em participação no programa Seleção SporTV.
Ricardo afirmou que saída do treinador agravou a má fase da equipe. Líder ao final do primeiro turno, o São Paulo encerrou o campeonato em quinto, sem sequer conquistar vaga direta à fase de grupos da Taça Libertadores.
Não precisava ter esse tipo de problema. A gente já iria ter uma crise pelo futebol, por não classificar. Aumentamos essa crise, disse o ex-coordenador de futebol do São Paulo, que deixou o cargo na última segunda (3) para assessorar o Criciúma.
Apesar das críticas à demissão, Ricardo disse reconhecer capacidade no sucessor de Aguirre, o ex-interino André Jardine, e elogiou o executivo de futebol são-paulino. O Raí vai errar, mas vai acertar muito mais. O trabalho dele no São Paulo é ótimo.
O ex-dirigente ainda falou sobre as recentes críticas de Rodrigo Caio a Aguirre, por não ter tido chances como titular. Em entrevista ao No Ar com André Henning, o zagueiro também disse sofrer cobranças excessivas da torcida e não descartou deixar o São Paulo em 2019.
É uma opinião do Rodrigo, mas naquele momento o Aguirre achava que era o quarto zagueiro. Ele é ótimo jogador. Hoje, é bom ele sair. Ele tem que sair, ou emprestado ou vendido, porque tem muita bola. Ele precisa mudar a cabeça dele.