SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Na sequência da Taça Libertadores, a competição mais importante da temporada, Grêmio e Internacional voltam as atenções ao Campeonato Gaúcho, para o jogo que, independentemente do ano ou do torneio pelo qual é disputado, sempre é o que mais importa aos rivais: o Gre-Nal.


O clássico deste domingo (17), no entanto, não é algo propriamente à parte da disputa pelo continente. Isso porque é o desempenho dos times no torneio continental o que tem ditado os ânimos para o encontro na arena gremista, marcado para as 19h e válido pela décima rodada do estadual.


Líder invicto do Gauchão, o Grêmio é alvo de desconfiança justamente pela largada frustrante na Libertadores. O último brasileiro a conquistar a América é lanterna de seu grupo, com uma empate na Argentina, diante do Rosario Central, e uma derrota em casa, sofrida na última terça (12), contra o Libertad (PAR).


Já o Inter, que parecia andar aos trancos -entenda-se derrotas para Pelotas e São-José, além de empate com o Veranópolis-, engatou cinco vitórias seguidas no Gaúcho e assumiu a liderança de sua chave na taça internacional, ao bater o Palestino, no Chile, e o Alianza Lima (PER), no Beira-Rio, na quarta (13).


Às vésperas do encontro, os gremistas tentam minimizar as diferenças de resultados nos dois torneios e apontam para a busca por equilíbrio; enquanto os colorados procuram isolar o Gre-Nal do restante do calenário e evitam qualquer peso por um suposto favoritismo.


“Não somos os melhores por sermos os primeiros do Gaúcho nem os piores por estarmos na lanterna do grupo na Libertadores. Vamos jogo a jogo, temos coisas boas feitas, e outras que temos que corrigir”, defendeu o zagueiro gremista Walter Kannemann.


“(A Libertadores) Não influencia nada, são campeonatos diferentes. A gente entrou muito focado para vencer o Alianza Lima, era muito importante, e o Grêmio sofreu a primeira derrota do ano (para o Libertad), mas é uma semana diferente”, ponderou o volante colorado Rodrigo Dourado.


Para além dos discursos, ambos sabem que o teste de fogo não apenas carrega influência da Libertadores como também atestará pretensões para o torneio continental, que ambos irão retomar no início de abril.


ESCALAÇÕES


No Grêmio, o técnico Renato Gaúcho deve repetir no clássico a escalação utilizada na derrota para o Libertad. Já o clube colorado anunciou que entrará com um time reserva, em protesto contra o aumento da pena de Nico López, que teve suspensão ampliada de dois para quatro jogos.