Reprodução – Jogadores do River Plate comemoram o gol de Pratto (u00e0 direita)

Depois de muitas incertezas e indefinições, finalmente a Copa Libertadores de 2018 definiu um campeão: o River Plate, da Argentina. Na tarde deste domingo (9), pelo horário de Brasília, o time derrotou seu maior rival, o Boca Juniors, no segundo jogo das finais da competição. A vitória de 3 a 1 saiu na prorrogação, após empate em 1 a 1 no tempo normal.

A partida, que tinha mando de campo do River, foi disputada no estádio Santiago Bernabeu, do Real Madrid, em Madri. Isso porque a segunda partida das finais, que seria disputada no Monumental de Núñez, teve que ser suspensa. No dia do jogo, em 24 de novembro, o ônibus do Boca Juniors foi atacado por torcedores do River no entorno do estádio. Isso causou uma confusão tão grande que provocou o cancelamento na ocasião. Como punição, a Confederação Sul-Americana da Futebol (Conmebol) determinou que a partida fosse disputada em campo neutro – e a cidade de Madri foi a escolhida.

Não foi o primeiro jogo das finais com problemas. A partida de ida, na La Bombonera, marcada para 10 de novembro, teve que ser adiada por causa das chuvas, que deixaram o campo do Boca Juniors impraticável para futebol. O jogo ocorreu no dia seguinte e terminou empatado em 2 a 2. Com a igualdade no placar, ninguém carregou vantagem nenhuma para o duelo de volta.

Da data marcada para o primeiro até a realização da segunda partida, passaram-se 29 dias. Nunca a Libertadores teve um intervalo tão grande nas finais.

O jogo

O Boca Juniors fez um primeiro tempo melhor, criou mais chances e abriu o placar aos 44 minutos, com um gol de Benedetto – o mesmo que havia feito três dos quatro gols do Boca nas semifinais diante do Palmeiras.

Na etapa final, o River cresceu. O atacante Lucas Pratto, do River, foi derrubado na área pelo goleiro do Boca, Andrada, mas o árbitro não marcou pênalti – e nem sequer consultou o árbitro de vídeo (VAR) para tirar dúvidas. Aos 22 minutos, porém, Pratto completou um cruzamento de Nacho Fernandez e empatou a partida.

Na prorrogação, o Boca perdeu o meia Barrios, expulso aos 2 minutos, e tentou se fechar. No segundo tempo, aos 4 minutos, Quintero acertou um chute de fora da área e virou o jogo para o River. O Boca foi para cima e chegou a acertar uma bola na trave, no último minuto, mas não conseguiu. Para completar, o goleiro do Boca foi à área tentar o cabeceio no último lance. E o River contra-atacar rápido até que Piti Martínez tocou para o gol sem goleiro, marcando 3 a 1. O time fez a festa pela 4ª vez – já havia sido campeão em 1986, 1996 e 2015.