SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – No filme “O Tradutor”, que estreia no dia 28 de março, Rodrigo Santoro, 43, faz o papel de um professor cubano de literatura convocado para um trabalho de tradução do russo para o espanhol. O que ele não imaginava era o local em que iria atuar: na ala infantil de um hospital em Cuba que recebeu as vítimas da tragédia de Tchernóbil (cidade ucraniana arrasada após acidente nuclear em 1986).


Nesta quinta-feira (28), foi divulgado o trailer do filme legendado em português. Protagonista da história, Santoro aparece falando em espanhol e em russo. O ator contou que chegou a fazer muitas aulas de russo, mas não tinha tempo para aprender o idioma.


“Então tive que estudar as falas para ter noção da língua. E aí eu estava entendendo que eu não estava entendendo nada (risos). Fiz um mapa fonético. E foi em cima disso que estudei. Acordava à noite falando coisas estranhas, achava que era russo”, contou Santoro em entrevista à Folha de S.Paulo.


No trailer, ele aparece fazendo traduções das conversas difíceis entre médicos e crianças atingidas pela radiação. Há momentos emocionantes como quando ele diz para a mãe de uma menina que tudo o que os médicos podem fazer “é administrar a dor dela.”


Em outro trecho, o ator discute com uma enfermeira dizendo que “não escolheu nada disso”. Ao que ela responde: “Essas crianças também não”.


“O Tradutor” é baseado em uma história real. Os diretores cubanos Rodrigo e Sebastián Barriuso, em sua estreia nos cinemas, resolveram se inspirar na história do pai deles, o professor de literatura que Santoro dá vida no filme.