Dia desses, a rainha Elizabeth, de 95 anos, recusou o título de idosa do ano, oferecido por uma revista britânica. O convite foi declinado delicadamente, em uma carta, pelo simples motivo de ela – a monarca – não se achar assim tão… velha. Não é maravilhoso isso? E se a rainha-mãe falou, minha gente, está falado. Vamos incorporar de uma vez por todas que idade, gênero, peso, ideologia e o que mais vier a sua cabeça não servem para restringir seu gosto pela vida, seu direito a ser feliz do jeito que quiser.
Me sinto repetitiva falando disso para vocês. Mas é que eu ainda vejo tanto do fiscal da vida e do estilo alheios, da centimetragem da saia, do cabelo sem pintar, do batom vermelho depois dos sei lá quantos anos, que, sinceramente, desanimo. Mas aí vem vossa majestade e me faz feliz. Ela se sente jovial quase aos 100 e ainda toma quatro drinques por dia, que os médicos estão tentando cortar. Não sei da saúde dela, mas acho legal brindar a vida, nem que seja a cada copo de água tomado.
Quero ver mais Elizabeths por aí, mais Iris Apfel (designer norte-americana louca de estilosa, que acaba de fazer 100 anos), mais Fernandas Montenegro, mais Elkes Maravilha. Vamos só deixar que elas, ou melhor, nós sejamos o que bem entendermos, com nossos corpos lindos e que merecem ser respeitados. A moda é uma diversão para nós e para essas gatas maravilhosas que vieram aqui para ser o que elas quiserem.
Chique e contemporânea, a estilista japonesa Junko Shimada, de 60 anos, usa looks confortáveis sempre com um toque sofisticado
Vivienne Westwood, 80 anos, é a estilista percursora do estilo punk na moda e defensora de causas essenciais para um mercado fashion mais justo e sustentável
Linda Rodin tem 73 anos e é empresária, influencer e derruba a internet com seus looks criativos
A designer norte-americana Iris Apfel é multicolorida, divertida, exagerada e centenária
