Com problemas dentro e fora de campo, o Santos faz nesta quinta-feira, às 21h30, na Vila Belmiro, a sua primeira partida decisiva na temporada com o intuito de evitar a ampliação da sua crise. No fechamento das quartas de final do Campeonato Paulista, o time enfrenta a Ponte Preta, que está em ascensão na retomada das competições.

O cenário de turbulência no Santos se dá dentro e fora de campo. Nos bastidores, há questionamentos à gestão do presidente José Carlos Peres e que podem se transformar em um novo processo para votação do seu impeachment. No elenco, já houve duas baixas, com Eduardo Sasha e Everson tentando se desligar judicialmente sob a alegação de atrasos salariais e cortes nos pagamentos sem um acordo.

Já em campo, os resultados não têm sido melhores. Na retomada do Paulistão, o Santos empatou por 1 a 1 com o Santo André. Depois, perdeu por 3 a 2 para o Novorizontino, de virada. Ainda assim, avançou em primeiro lugar no seu grupo às quartas de final, mas muito mais por estar em uma chave fraca, tanto que teve apenas a nona melhor campanha da primeira fase.

Nos dois tropeços recentes, o Santos sofreu com as expulsões. Contra o Santo André, o time ficou sem Carlos Sánchez, que agora volta ao time após cumprir suspensão automática – Alison será a outra novidade no meio-campo, depois de ser poupado no domingo. Já no fim de semana, o cartão vermelho foi aplicado a Uribe, o que abre caminho para Kaio Jorge retornar ao comando do ataque, ainda mais que Raniel segue lesionado.

A partida do fim de semana, porém, até serviu para confirmar uma boa opção para o técnico Jesualdo Ferreira. Marinho, de volta ao time titular, marcou duas vezes, confirmando a sua importância e a força da equipe pelas pontas, posicionamento dividido com Soteldo. Devem ser, assim, as principais apostas e esperanças do Santos, que não poderá oscilar tanto, sob o risco de ser eliminado pela Ponte.

“Mata-mata é diferente de uma partida comum de fase de grupos. Sabemos que será tudo definido só em um jogo, então temos que entrar 100% concentrados e nos atentar aos mínimos detalhes dentro de campo. Confio muito em nosso grupo. Temos consciência de que defendemos uma camisa gigante e temos que honrar isso a cada jogo”, alertou Sánchez.

Na última vez em que os times se encontraram nas quartas de final do Paulistão, em 2017, o Santos caiu nos pênaltis, modo em que o duelo será definido em caso de igualdade. Antes, porém, em 2011 e 2014, o time santista tinha se dado melhor na mesma etapa.

No encontro na Vila, a Ponte confia em Bruno Rodrigues autor de dois dos três gols anotados pelo time na retomada do Paulistão, o tirando da zona de rebaixamento para o conduzir às quartas de final. E, com apenas dois treinamentos para definir o time titular, o técnico João Brigatti não deve promover grandes mudanças em relação à equipe que venceu o Mirassol.

A tendência é que, caso não haja nenhum imprevisto por ordem física, a Ponte Preta conte com retorno do zagueiro Henrique Trevisan e do centroavante Roger, suspensos na última rodada. O time campineiro segue sem Cléber Reis e João Veras, em recuperação de lesões.