LARISSA QUINTINO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um dia antes das mudanças na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) entrar em vigor, as centrais sindicais planejam reunir 20 mil pessoas em dois atos em São Paulo.
Os sindicalistas protestam contra a reforma trabalhista. O primeiro ato está marcado para as 9h30, na praça da Sé. De lá, os trabalhadores devem caminhar até a avenida Paulista, onde farão outro protesto, às 10h30.
Com a reforma, acordos e convenções coletivas passam a valer mais do que a lei. Nas mais de cem mudanças feitas na CLT, está a possibilidade de parcelamento de férias em três vezes, negociação do banco de horas e fim do imposto sindical, grande fonte de financiamento dos sindicatos. A contribuição era obrigatória para todos os trabalhadores e descontava um dia do salário no ano.
O secretário-geral da CUT, João Cayres, afirma que a mobilização serve mais como um alerta à população para as alterações feitas. “É preciso que as pessoas saibam o que mudou. Além disso, é uma forma de mobilizar os sindicatos para seguirmos lutando”, disse.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, afirma que também haverá protestos contra a reforma da Previdência -que o governo pretende que seja votada ainda neste ano.
FUNCIONALISMO
Às 14h30, os servidores públicos do Estado devem fazer mais uma manifestação, dessa vez no Palácio dos Bandeirantes. Eles protestam contra o projeto de lei 920, do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que pode congelar investimentos em áreas como saúde e educação, por dois anos.