SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O São Paulo fechou, nos últimos dias, as contratações de Nenê e Trellez. Selou também a negociação de Jonathan Gomez, que estava encostado no clube e foi emprestado ao Al-Fayha, da Arábia Saudita. Não é uma coincidência. Nos últimos anos, a tônica no clube do Morumbi tem sido um “recomeço constante”, com muita movimentação no mercado da bola e pouca estabilidade para quem está no comando do elenco camaleão.
Jonathan Gomez, por exemplo, foi um dos 19 jogadores contratados pelo São Paulo ao longo de 2017, uma das piores temporadas de sua história. Hoje, nove desses já estão fora do clube (Buffarini, Lucas Pratto, Jonatan Gómez, Hernanes, Thomaz, Cícero, Marcinho, Denílson e Neílton).
Sem conseguir levantar uma taça desde 2013, quando venceu a Copa Sul-Americana, o São Paulo tem adotado esse expediente há algum tempo. Em 2016, por exemplo, 48 atletas passaram pelo elenco tricolor, mas somente 22 permaneceram para o ano seguinte. Em 2017, 52 jogadores estiveram à disposição, e somente 23 seguem no clube até agora, segundo dados do Transfermarkt.
A alternância impede que o São Paulo construa, independentemente de treinador ou filosofia de trabalho, uma base. Esta inconstância no elenco acaba criando a situação relatada pelo Blog do Menon em post no último sábado. Do time que perdeu para o Corinthians por 2 a 1 no último sábado, só Rodrigo Caio esteve na escalação da goleada tricolor por 4 a 0 no rival, em novembro de 2016. O Corinthians, por sua vez, tem cinco jogadores (Cássio, Fágner, Balbuena, Rodriguinho e Romero) que estavam em 2016 e ainda permanecem na equipe -e como titulares.
Com as chegadas de Tréllez e Nenê, prováveis titulares em um futuro próximo, mais mudanças serão feitas no time-base do São Paulo. Resta saber se, daqui para frente, o clube tricolor mudará sua postura e passará a apostar em uma fórmula mais “estável”.