SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após exonerar o diretor Fábio Szwarcwald, nesta quarta-feira (11), do cargo de diretor do Parque Lage, o secretário de Cultura do Rio, Leandro Montei, voltou atrás e reconsiderou a sua decisão nesta quinta (12).

Em nota, a secretaria declarou que a reconsideração foi ocasionada por “inúmeras manifestações favoráveis vindas principalmente da classe artística, e da recusa momentânea de Dinah Guimaraens [nome indicado para o lugar de Szwarcwald]”.

A tradicional escola, por onde passaram nomes importantes da arte brasileira contemporânea, como Beatriz Milhazes, Adriana Varejão e Ernesto Neto, é um equipamento estadual.

Recentemente, a escola realizou uma campanha de financiamento coletivo para abrigar a exposição “Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira” –foi arrecadado mais de R$ 1 milhão.

Com o sucesso do financiamento coletivo, foram iniciadas reformas no Parque Lage para abrigar a exposição, cuja previsão de abertura é agosto de 2018.

A mostra tem 270 obras de cerca de 80 artistas brasileiros e aborda o tema da sexualidade.

A iniciativa ganhou corpo após o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), proibir a exposição de ser exibida no MAR (Museu de Arte do Rio), em outubro do ano passado.

O conselho curador do museu, ligado à Prefeitura do Rio, declarou à época discordar da decisão de Crivella, mas acatou a proibição.

Um mês antes, o Santander Cultural suspendeu a mostra em Porto Alegre após pressão de grupos que a consideraram ofensiva.

Contra recomendação do Ministério Público, a instituição decidiu não reabrir a exposição.

Até as 20h, a secretaria não informou o que ocasionou a exoneração de Szwarcwald.