O principal desafio do River Plate na retomada da Copa Libertadores contra o São Paulo, nesta quinta-feira, no estádio do Morumbi, na capital paulista, é o mesmo de várias equipes estrangeiras: a falta de ritmo após o período de seis meses de paralisação por causa da pandemia do novo coronavírus.

Como o futebol na Argentina ainda não retornou, a última vez que os comandados do técnico Marcelo Gallardo disputaram um jogo oficial foi no dia 11 de março, antes da pandemia. Na ocasião, o River Plate fez 8 a 0 sobre o Binacional, do Peru, em Buenos Aires, em jogo válido pela segunda rodada da Libertadores. O torneio foi interrompido poucos dias depois.

A equipe argentina voltou aos treinamentos apenas há pouco mais de um mês. Diante do longo período inativo, o River Plate pode ser prejudicado, considerando principalmente a forma como joga, com intensidade e movimentações a todo o momento. “Vamos ter uma equipe aguerrida. Da melhor forma que podemos entrar em campo. Os jogadores estão com vontade de jogar, de ganhar”, salientou Gallardo.

A situação que o River Plate vai encarar contra o São Paulo se repetiu com outras duas equipes que enfrentaram brasileiros nesta retomada da competição. O Jorge Wilstermann, que perdeu para o Athletico-PR, não entrava em campo para um jogo oficial desde 14 de março. O mesmo aconteceu com o Bolívar, superado pelo Palmeiras. O Campeonato Boliviano tem previsão para começar apenas em novembro.

Derrotado pelo Internacional, o América de Cali tinha realizado apenas dois jogos oficiais antes de perder por 4 a 3, na quarta-feira, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, pelo Grupo E. Pela mesma chave, o rival Grêmio foi superado pela Universidad Católica por 2 a 0, em Santiago. Os chilenos disputaram apenas quatro partidas oficiais antes do compromisso.

Já o Independiente del Valle, do Equador, que enfrenta o Flamengo também nesta quinta-feira, tem oito jogos oficiais desde o retorno do Campeonato Equatoriano, retomado em agosto. O mesmo ocorreu com o Santos, que empatou sem gols contra o Olímpia, do Paraguai, que entrou em campo 11 vezes desde a volta do torneio local em 22 de julho.