O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não terá esquema diferenciado em visiitações na sede da Polícia Federal, em Curitiba. A decisão é do juiz Sergio Moro, que em despacho de ontem destacou que os únicos "privilégios" que o petista terá são o recolhimento em Sala do Estado Maior, com a disponibilização de uma televisão.

"Além do recolhimento em Sala do Estado Maior, foi autorizado pelo juiz a disponibilidade de um aparelho de televisão para o condenado", escreveu Moro em sua decisão. 

"Nenhum outro privilégio foi concedido, inclusive sem privilégios quanto a visitações, aplicando-se o regime geral de visitas da carceragem da Polícia Federal, a fim de não inviabilizar o adequado funcionamento da repartição pública", complementou o juiz responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância.

Com isso, o ex-presidente só poderá receber visitas na quarta-feira, com exceção aos seus advogados. Ele tentava incluis no rol de visitantes parlamentares do PT, como a presidente do partido Gleisi Hoffmann. 

A PF, contudo, não revelou ainda o número de visitantes que Lula poderá receber. 

PEDIDO DE SENADORES E GOVERNADORES

Liderados pelo senador Roberto Requião, um grupo de políticos (incluindo 11 governadores, dois senadores, o vice-presidente do PT e o ex-deputado federal Angelo Vanhoni) requeriu ontem ao juiz Sergio Moro autorização para visitar o ex-presidente Lula na tarde de hoje, às 14 horas.

Mais cedo, a partir das 11 horas, eles participarão de um ato no acampamento em prol do ex-presidente, próximo da sede da PF.