A última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro ainda nem começou, mas já está cheia de polêmica. É que nesta sexta-feira (29) o zagueiro Álvaro, com passagem pela Seleção Brasileira e clubes como Internacional e Flamengo, resolveu botar a boca no trombone e reclamar dos desfalques forçados de seu time, o Bragantino, na última rodada. O jogador de 36 anos, inclusive, levantou a hipótese de uma marmelada.

Três times ainda disputam a última vaga na Série A do ano que vem: Figueirense (4º), Icasa (5º) e Ceará (6º). No sábado (30), o Figueirense irá encarar o Bragantino no Nabi Abi Chedid precisando da vitória para garantir seu retorno à elite. O presidente da equipe paulista resolveu adiantar as férias de seis jogadores de seu time, alegando que já pensava na temporada do ano que vem. O xerife do time de Bragança Paulista, porém, não gostou nada da atitude – ele foi um dos afastados da última rodada.

Na verdade, tenho vontade de jogar e eu vou jogar. Vou brigar para jogar. Eu não sou dono do Bragantino. Ele (presidente) retirou seis jogadores que eram titulares absolutos. A gente não sabe o motivo. Podemos deduzir, mas não sabemos o motivo. Todos nós sabemos o que está acontecendo, mas também não sabemos. Você só pode ter certeza se tem prova, afirmou o zagueiro ao site Futebol Interior. Eu queria jogar, queria poder ganhar esse jogo. É o último da competição, vai passar na tevê, tem interesses envolvidos. Sou capitão da equipe, completou.

O presidente do Bragantino, Marquinhos Chedid, não gostou nada das insinuações de Álvaro e acusou o jogador de querer receber mala branca do Ceará.

O presidente do Ceará esteve em Bragança dois dias atrás e almoçou com três jogadores no restaurante da cidade, inclusive com o Álvaro. Isso faz parte. Mas temos programação dos jogadores que vão ficar e dos que não vão ficar, afirmou Chedid à rádio Transamérica. Nós já tínhamos a programação para depois que saíssemos do rebaixamento, pois vamos disputar um Paulista dificílimo, argumentou.

Em entrevista ao Globoesporte.com, o mandatário afirmou que os cearenses teriam oferecido R$ 600 mil para os jogadores do time paulista vencerem o confronto contra os catarinenses. Ele ainda questionou o fato de o Joinville, rival do Ceará no fim de semana, também jogar com um time desfalcado. Mas ninguém fala sobre isso, criticou Chedid.

Por conta da polêmica, Ceará e Icasa entraram com ofício pedindo atenção ao confronto entre Bragantino e Figueirense. Esse ofício tem o intuito de prevenir erros contra os nossos clubes e contra um eventual princípio de esquema, declarou Mauro Carmélio, presidente da Federação Cearense de Futebol (FCF).