Reprodução

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (SISMUC) promove nesta terça-feira, 23 de outubro, às 12 horas, um ato público contra o fechamento da UPA Pinheirinho anunciado pela secretária municipal de saúde na última sexta-feira, 19 de outubro. Conforme o anúncio o equipamento será fechado no próximo dia 4 de novembro para reformas e reaberto no dia 1º de dezembro como uma unidade especializada em emergências psiquiátricas.

A secretária Márcia Huçulak alegou diminuição no volume de atendimentos na UPA Pinheirinho após abertura das UPAs do Tatuquara e da CIC. O SISMUC questiona o argumento utilizado pela prefeitura para o fechamento da UPA uma vez que a UPA CIC reabriu há menos de três meses. O sindicato reconhece a necessidade de um local para atendimento especializado de emergência psiquiátrica, mas que isso ocorra sem o fechamento das unidades existentes.

O ato acontece em frente da UPA, na Rua Leon Nícolas, S/N, no Capão Raso.

Justificativa

Segundo a Prefeitura, a nova unidade de emergência psiquiátrica funcionará como referência para as demais UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e também para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), cujos atendimentos poderão ser encaminhados à nova unidade, onde será feita a estabilização clínica dos pacientes.

É comum, por exemplo, um paciente com transtornos mentais apresentar quadro de surto psicótico, que exige contenção física. Quando esse atendimento ocorre numa UPA tradicional, há impactos em todos os demais serviços prestados no espaço.

“Após a estabilização do quadro, o paciente poderá receber alta, acompanhada de vinculação dos serviços da rede de saúde mental para acompanhamento, ou poderá ser encaminhado para internamento em leito hospitalar, quando o caso assim exigir”, explica a secretária. “Curitiba precisa de uma unidade específica para estabilização de casos de emergência relacionados à saúde mental.”

A proposta de mudança foi submetida à Comissão de Saúde Mental, do Conselho Municipal de Saúde, e aprovada por unanimidade. “É uma medida importante e necessária”, avaliou Adilson Tremura, presidente do conselho que é responsável pelo controle social do Sistema Único de Saúde (SUS).