Franklin de Freitas – Cobradores e motoristas fizeram um ato em frente u00e0 Cu00e2mara

O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região (Sindimoc) mudou sua estratégia, e agora quer a votação do projeto  que estabelece a bilhetagem geral no sistema de transporte coletivo,  seja votado ainda neste ano. Ontem, foi protocolado um pedido de urgência para que o proejto vá à plenário antes do encerramento do ano legislativo.  Ontem, a categoria fez um ato em frente à Câmara Municipal, para pressionar os vereadores.
Em princípio, o pedido era que a urgência no projeto fosse votada ainda ontem, mas o autor do pedido, vereador Rogério Campos, postergou para o dia 3 de dezembro, já que no meio do caminho ainda acontece a eleição da nova diretoria do Sindimoc, no dia 29. O desejo da categoria é que a urgência seja votada no dia 3 e, o proejto seja avaliado em plenário 72 horas depois, a quinta-feira  seguinte.
A decisão, considerada a melhor estratégia pelo presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, e o vereador Rogério Campos, que representa a categoria na Câmara, foi tomada por considerar que a opinião pública e grande parte dos vereadores estão do lado dos 6.000 pais e mães de família que estão com seus empregos em risco, diz o sindicato.
O projeto que propõe a implantação da bilhetagem eletrônica em todo o sistema, e que acabaria com a figura do cobrador nos ônibus, foi protocolado pelo poder Executivo no final de outubro. Na semana passada, depois de passeata realizada pelo Sindimoc, a Prefeitura recebeu uma comissão de motoristaas e cobradores, e afirmou que a votação do projeto só aconteceria no ano que vem, e que até estava disposta a dialogar.

Na Câmara, vereadores se dividem sobre processo que antecipa a questão
Aproximadamente 100 pessoas acompanharam a sessão plenária da Câmara Municipal de ontem, do lado de fora do Palácio Rio Branco, próximas ao caminhão de som do Sindimoc. Eles permaneceram ali toda a manhã, aguardando o desenrolar dos debates sobre o pedido de urgência. 
A estratégia foi questionada em plenário por Thiago Ferro (PSDB) e Professora Josete (PT), cujas opiniões convergiram sobre ser necessário tempo para ouvir a categoria e realizar audiências públicas. Ferro falou que “o projeto veio muito aberto” e que era preciso “construir um projeto [de expansão da bilhetagem eletrônica] mais responsável”, e Josete que era contra o mérito da mudança para a bilhetagem “em qualquer cenário”. “Nem todos cobradores serão absorvidos como motoristas ou no administrativo das empresas”, pontuou a vereadora. “Se a categoria achar que a urgência é o mais adequado, eu vou junto com a categoria”, afirmou Professor Euler (PSD). 
Rogério Campos, autor do pedido de urgência, mudou a data para 3 de dezembro depois que Paulo Rink questionou que o fato poderia ser usado para a eleição no Sindimoc, marcado para o dia 29 próximo.