Geraldo Bubniak – Petraglia

Se dependesse da vontade do presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Mário Celso Petraglia, o clube paranaense teria outro nome e outra cor. O nome de identificação seria “Paranaense” e a cor, vinho. Ao menos foi isso que o dirigente defendeu em entrevista à ESPN, que foi ao ar nesta quarta -feira (14).

"Clube Atlético tem vários: Mineiro, Boca Juniors, River Plate e nós, o Paranaense", disse. "O Atlético-MG se apossou do prenome, porque não gosta do 'Mineiro'. Eu gostaria que nós nos chamássemos 'Paranaense'. É o 'meu' nome, e é assim que somos conhecidos na América do Sul", completou. Segundo o dirigente, o clube deveria passar a dar mais ênfase ao seu gentílico estadual, como forma de se diferenciar e até se projetar internacionalmente – na América do Sul, o clube é chamado de “El Paranaense”.

Em declarações anteriores, Petraglia defendeu que o Atlético passasse a se chamar CAP – sigla de Clube Atlético Paranaense –, assim como acontece com os clubes alagoanos CSA (Club Sportivo Alagoano) e CRB (Clube de Regatas Brasil).

Outra polêmica envolve a troca do escudo e a cor do clube. Segundo o dirigente, o escudo já teria um novo visual. E a cor poderia ser o vinho. “Não se esqueça de que vermelho mais preto, dá cor-de-vinho, por exemplo", disse ele à ESPN. Para Petraglia, a identidade do clube não iria diminuir. “A identidade vai é aumentar. Nós contratamos empresas especializadas, as coisas não estão sendo feitas na base da opinião”, falou.

Para essas mudanças saírem do papel, entretanto, é necessário que o clube as aprove. “Quem tem que aprovar é o conselho do clube. Eu sou o presidente do conselho do clube”, sugeriu. De acordo com o estatuto do Atlético, contudo, as mudanças teriam que ser submetidas a uma reunião do Conselho Deliberativo e aprovadas por 2/3 dos presentes.

Grama Sintética

Petraglia ainda falou à ESPN sobre a grama sintética da Arena da Baixada, que recentemente tem sido alvo de críticas dos adversários do Atlético. "Essa história da grama é uma bobagem inventada pelo Eurico Miranda (ex-presidente do Vasco). A grama é de altíssimo nível, aprovada pela Fifa”, disse ele. “Isso é papo de perdedor. Os clubes tinham era de reclamar dos buracos, que inviabilizam, muitas vezes, o bom futebol”.