O Solidariedade de São Paulo vai anunciar apoio a pré-candidatura de Márcio França (PSB), que poderá concentrar cerca de cinco minutos de tempo de televisão – a divisão ainda não foi anunciada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O partido admite que a ex-prefeita Marta Suplicy pode deixar a sigla a fim de se manter imparcial na disputa ou de anunciar seu apoio à reeleição do atual prefeito, Bruno Covas.

A ex-prefeita não compareceu a um almoço com as lideranças do Solidariedade que estava marcado para esta quarta-feira, dia 9. No lugar dela, o marido, Márcio Toledo, encontrou-se com o presidente nacional do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva – o Paulinho da Força – e com o presidente municipal, Pedro Nepomuceno de Sousa Filho.

As informações foram confirmadas ao Estadão pelo próprio Nepomuceno, que vai pedir demissão do cargo de subprefeito de Santana ainda nesta quarta-feira. As lideranças devem marcar um encontro com França nesta quinta-feira, 10, e não sabem dizer se Marta vai se desfiliar ou não da sigla para apoiar Covas. França já tinha apoio do PDT e do Avante.

Quando Marta se filiou ao Solidariedade, em abril, havia a expectativa de que ela pudesse tornar-se vice em uma eventual chapa petista encabeçada pelo ex-prefeito Fernando Haddad, criando uma frente de esquerda. O petista, no entanto, se recusou a disputar e o pré-candidato Jilmar Tatto, de quem Marta não queria ser vice, venceu as prévias do PT.

A ex-prefeita procurou ainda negociar uma composição de chapa com Bruno Covas, mas as negociações naufragaram. O Solidariedade nutria a expectativa de conseguir convencê-la a disputar a Prefeitura, mas essa via também não se concretizou.