A esses casos ainda se somam outros três registrados nos últimos anos no Paraná. Em novembro do ano passado, a Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe) prendeu um homem suspeito de tentativa de homicídio contra um jovem durate uma briga de torcidas no terminal do Sìtio Cercado. Torcedor do Atlético, o suspeito havia atirado duasvezes em um jovem de menos de 18 anos, que chegou a ficar três dias internado.

Já em 2012 e 2014, foram outros dois casos, que terminaram em morte. Primeiro, em Curitiba, um paranista de 16 anos, da Fúria Independente, levou um tiro no rosto disparado por integrantes da Fanáticos, do Atlético, que passaram com quatro carros em frente a sede da torcida rival. Dois anos depois, outro torcedor do Paraná foi morto no Estádio Arruda, quando acompanhava a partida de sua equipe contra o Santa Cruz. Ele foi atingido por um vaso sanitário arremessado da arquibancada da torcida adversária.

Existe uma cultura de violência. Ela é generalizada, mas no caso brasileiro, ela é mais aguda, aponta o sociólogo Mauricio Murad, que destaca o fim da impunidade como essencial para se garantir a paz nos estádios (e seus arredores). O problema da violência tem se repetido e as medidas para resolver este problema têm sido ineficientes. Isto acontece no mundo todo, mas a impunidade no Brasil ela é uma coisa drástica, radical, que estimula novos delitos.