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O vereador Dalton Borba (PDT) cobrou ontem um posicionamento público do prefeito Rafael Greca (DEM) sobre a explosão de casos de Covid-19 em Curitiba nos últimos dias. Borba criticou o “sumiço” do prefeito no momento em que a Capital paranaense registra seguidos recordes de novos casos da doença, além do aumento do número de mortes.

Responsabilidade
“Todos nós gostaríamos que a população entendesse a gravidade e fizesse a sua parte, mas isso é questão de política pública. O que eu vejo é uma ausência total do chefe do Poder Executivo que, neste momento, coloca de uma forma tanto quanto cruel, a secretária de Saúde (Márcia Huçulak) carregando (a responsabilidade pelo plano de enfrentamento à covid-19) nas suas costas, como se ela fosse a única responsável pelo problema. Ela é responsável, mas não tem a chave do cofre”, disse Borba.

Atendimento remoto
Diante do recente aumento dos casos de Covid-19 na região metropolitana de Curitiba, o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) decidiu prorrogar até 15 de janeiro a duração da segunda fase de retomada de suas atividades presenciais. A fase 2 foi iniciada no dia 4 de novembro. No entanto, o atendimento presencial aos que estão sob julgamento da Corte, que havia retornado no início de novembro, foi novamente suspenso em função da volta às restrições sociais da bandeira laranja decretada pela Prefeitura de Curitiba no último dia 27. O objetivo é preservar a saúde tanto dos servidores do Tribunal quanto dos representantes das entidades.

Propagação
As novas regras estão definidas em portaria seguirão válidas até que sobrevenha novo ato da presidência do Tribunal, a qual levará em conta o nível de propagação da Covid-19 e a capacidade de atendimento do sistema de saúde regional para especificar as condições necessárias à ampliação do número de servidores que deverão retornar ao trabalho presencial, bem como ao retorno do atendimento pessoal aos jurisdicionados na sede da Corte. A presidência poderá ainda decretar o retorno às fases anteriores ou mesmo ao regime de trabalho remoto integral, a depender das medidas sanitárias determinadas pelas autoridades municipais e estaduais.

Risco
A deputada Luciana Rafagnin (PT) enviou um requerimento ao secretário-chefe da Casa Civil do, Guto Silva, pedindo o cancelamento das provas do Processo Seletivo Simplificado – PSS, marcadas para 13 de dezembro. “O momento é muito grave e todos os organismos estão adotando medidas para evitar aglomerações, cancelando eventos e solenidades. Realizar, no meio de uma pandemia, provas presenciais vai colocar em risco a saúde e a vida de 50 mil paranaenses, além de passar um recado negacionista da gravidade da situação para a população do estado”, disse a parlamentar.

Contradição
Luciana Rafagnin lembrou que ontem, o secretário de Saúde do Estado, Beto Preto, tem anunciou toque de recolher no Paraná diante da gravidade do momento. “É contraditório ao alarme feito pela Saúde sobre o aumento expressivo no número de casos da covid-19 e na taxa de ocupação dos leitos para tratamento hospitalar, que tanto tem preocupado as autoridades sanitárias do estado”, completou a deputada. “Resta-nos esperar bom senso e coerência do Governo do Estado ao cancelar a prova do PSS, mantendo os critérios atuais, e diminuir a possibilidade de disseminação do vírus pelo estado”, apelou.