SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após recuar 0,5% em dezembro na comparação mensal, o volume de vendas do varejo brasileiro cresceu 0,9% em janeiro, ante o mês anterior, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (13).
Em relação a janeiro de 2017, na série sem ajuste sazonal, a alta foi de 3,2%, o décimo resultado positivo nessa base de comparação, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio. O acumulado nos últimos 12 meses subiu 2,5%. A expectativa em pesquisa da agência Reuters era de alta de 0,60% na base mensal e de avanço de 2,5% sobre um ano antes.
Na comparação com 2017, 6 dos 8 setores do varejo tiveram alta. O maior impacto no indicador veio do segmento de supermercado, que inclui produtos alimentícios, bebidas e fumo e cresceu 3,1%.
O resultado pode ser explicado pela melhora no rendimento da população e pela baixa inflação, diz Isabella Nunes, gerente da pesquisa. “O aumento da massa de rendimentos reais e a redução dos preços na alimentação no domicílio foram os principais fatores para o desempenho positivo do setor.”
Segundo Nunes, outro segmento impulsionado pela melhora nos rendimentos foi o de artigos de uso pessoal e doméstico, que cresceu 10,5% -a categoria contempla lojas como de departamentos, joalherias, artigos esportivos e brinquedos.
“Há um incremento nas vendas e o comércio se mantém em trajetória ascendente. O ritmo das vendas ainda é gradual visto que nos últimos meses ele subiu e desceu com uma certa frequência. Mas a trajetória é positiva”, resumiu a economista do IBGE Isabella Nunes.
A trajetória de recuperação pode estar associada ainda à redução da taxa de juros e à maior oferta de crédito para pessoas físicas, disse Nunes.
O setor de combustíveis e lubrificantes caiu 4%, com os preços dos combustíveis acima da variação média.