Reprodução Google Street View

Um dos suspeitos de estarem praticando arrombamentos e furtos, em sequência, em bares, restaurantes e casas noturnas de Curitiba foi preso nesta madrugada de terça-feira, 19 de maio. Ele foi flagrado pela equipe de segurança do Khea Thai, restaurante Tailandês e Bar, localizado no bairro Bigorrilho e é suspeito de ter participado, ao menos, de outros sete arrombamentos. 

Segundo o Boletim de Ocorrência (BO), feito na Central de Flagrantes da Capital, por volta da 2h20 da manhã, uma equipe da Polícia Militar (PM) foi acionada para atender a um chamado de arrombamento à na Rua Saldanha Marinho, 1.753. Ainda conforme o BO, ao chegarem ao local, foi relatado à PM pela equipe da Empresa de Vigilância Segline, ter encontrado o suspeito, após arrombar o restaurante e ter furtado leite condensado e bebidas, dentro do estabelecimento. Relatam que o mesmo teria já praticado o mesmo delito ao menos em outros 7 restaurantes da região em outros dias. O suspeito foi encaminhado à Central de Flagrantes e autuado por furto e dano ao patrimônio.

Empresários do setor, que além da crise econômica do coronavírus, restaurantes, bares e lanchonetes da região do Centro, Juvevê, Alto da XV, Alto da Glória e Cristo Rei, em Curitiba, têm enfrentado uma onda de arrombamentos e roubos. O Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares de Curitiba (SindiAbrabar), afirmou que tem recebido várias denúncias, pede providências e ação preventiva ao serviço de inteligência da Policia Civil e Militar.

“Os assaltantes se sentem tão à vontade que voltam ao mesmo local mais de uma vez para assaltar e arrombar. Nós estamos alertando desde o início da Pandemia que isso vem aumentando, agora alguém tem que tomar uma providência, os empresários estão nos cobrando e temos que ajudar a resolver e principalmente estancar e solucionar estes casos. Esse descaso só agrava a sanidade financeira e mental dos empresários, em especial cidadãos que estão tentando sobreviver com todos estes problemas”, diz Fábio Aguayo, presidente do Sindiabrabar.

Sequência de assaltos

O Paraguassu Grelhados, no Juvevê, foi roubado na noite de quinta (15). Um rapaz entrou pelo telhado às 18h15 e levou todo o dinheiro do caixa e às 00h15 voltou com mais um homem e roubaram as bebidas. “Em 15 anos, foi a primeira vez que fomos roubados e num momento delicado.  Estamos trabalhando no horário do almoço apenas, porque à noite o movimento foi muito fraco e nos sentimos frágeis pela falta de segurança, por isso decidimos não trabalhar temporariamente”, conta Silvana Villafranca, proprietária do local.  “Já estamos num momento difícil, com baixo movimento, onde as pessoas tem medo de sair de casa, passamos por fazer demissão de muitos funcionários da casa, atenção a todas as regras de saúde por respeito as pessoas. Quando aconteceu isso, ontem, nos sentimos tão impotentes, tão frágeis, tão arrasados, tão brabos, que foi inexplicável. Com vontade de desistir de tudo!”. 

O restaurante Mukeka, que fica no Juvevê, foi roubado na madrugada da última segunda (11). Levaram um iPhone e um Ipad. “Só não levaram mais coisa, por que a segurança chegou rápido.  O bairro está muito assustado com tudo isso. Muito lugares sendo arrombados por marginais”, diz Ivan Rodolfo Lopes, sócio do Mukeka. 

Essa não é a primeira onda de roubos e arrombamentos que bares e restaurantes da capital paranaenses sofrem desde o início da pandemia, quando a maioria fechou as portas.

Reportagem do Bem Paraná no início de abril mostrou que vários estabelecimentos do centro da cidade também sofreram com a ação de bandidos, entre eles o Dizzi Bar e pizzaria Boca de Forno.