Divulgação/Coritiba – Tcheco

O novo técnico do Coritiba, Tcheco, afirmou nessa quinta-feira (dia 16) que não via falta de vontade, mas apenas falta de comprometimento dos jogadores, no período em que foi auxiliar de Eduardo Baptista, demitido no último sábado. 

“Tem que ter uma mudança radical”, disse. “Eu assistia aos jogos lá de cima, auxiliando a comissão técnica, e a indignação era parecer falta de vontade. Não via falta de vontade. Via falta de comprometimento em algumas situações de jogos”, explicou Tcheco. “A vontade é quando o cara tá correndo, volta para marcar. Isso não falta. Pode estar correndo errado um pouco, pode não estar naquele posicionamento ideal. Mas quando vê um que não está comprometido, aquele não está alinhado com os demais, aí já começar a perder o compromisso, que é ajudar o companheiro, é voltar na posição de alguém e é cobrar”, argumentou.

Tcheco afirmou que espera “associar esse comprometimento” com os jogadors. “Aí a vontade será mais explícita. A atmosfera muda. Só que não tenho como mudar isso de uma hora para outra. Vai ser um processo”, declarou. “Eles estão treinando forte e estão entendendo o processo tático que eu coloquei para eles”, comentou. 
 
Sobre os primeiros passos desde que assumiu o time, no último domingo, Tcheco afirmou que foram mudar o ambiente de trabalho e melhorar o sistema ofensivo. “Mudar essa atmosfera com eles. Passar muita confiança para eles. Por mais que tenham as críticas, eles já têm as críticas internas, da diretoria, da comissão, a pressão deles, dos familares, dos amigos. Tem que tirar essa pressão, mas não a responsabilidade. Foi o que falei para eles no primeiro contato: ninguém faz 29 pontos à toa. Poderia ter feito mais. Mas não vamos fugir da nossa responsabilidade. O rendimento não é o melhor, mas a gente está na briga, sim. Precisamos mudar esse astral e mudar esse estilo de jogo”, disse. 

O novo técnico afirmou que não vai dar pistas sobre a escalação para o próximo jogo, sábado contra o Atlético-GO, em Goiânia. “Independente do esquema, não quero dar brecha para o Tencati (Claudio, técnico do Atlético-GO). Quero menos informações para o adversário. E a atitude dos jogadores já muda até nosso volume de jogo”, comentou. “O que me incomoda muito é perigo ao gol adversário. Precisamos chegar mais ao gol adversário”, destacou.

Tcheco revelou que pode promover a estreia do meia Carlos Eduardo (ex-Paraná) e do ponta Guilherme (ex-Chapecoense e Botafogo). “Estou observando a movimentação deles no treinamento. Posso usar um ou os dois. Chegam para fortalecer e com qualidade”, disse.

Auxiliar-técnico da comissão permanente desde dezembro de 2017, Tcheco afirmou como foi a conversa com o presidente do Coritiba, Samir Namur, para assumir o comando da equipe após a demissão de Eduardo Baptista. “O que eu pedi para ele (Namur) é ver como vai funcionar a resposta dos jogadores nos primeiros jogos. Se der certo, não tem por que trazer um treinador”, comentou.