O técnico do Paraná Clube, Rogério Micale, explicou um episódio ocorrido nessa quinta-feira (dia 7) durante a partida com o Bahia, na Vila Capanema. Durante a entrevista coletiva pós-jogo, ele foi perguntado sobre o momento em que se virou para conversar com torcedores no alambrado. E também por ter reagido em tom de desabafo após o gol da equipe.
“O torcedor tem sempre o direito. Admiro o torcedor do Paraná. E estou falando de coração, não quero ser demagogo. Lógico que tem uns que enchem a paciência atrás do gol. Ficam repetindo. Me preocupo muito com os que estão em campo. É uma equipe jovem. Pode me vaiar a votande. Não tem problema nenhum. Já fui vaiado por 200 milhões. Criei uma casquinha em relação a isso. Quero deixar a equipe tranquila. Não vamos conseguir vencer todo mundo nesse Brasileirão. Só queria que, no momento dificil do jogo, que os jogadores tivessem um pouco mais de apoio. Mas é pouca gente que vaia. A grande maioria apoia. Tem uns hinos que arrepiam a gente. Aqui é 99% torcedor verdadeiro”, declarou Micale.
Sobre as vitória contra Fluminense e Bahia, Micale fez sua análise. “Foi muito bom esses seis pontos porque nos permite sonhar em ficar fora da ZR na pausa para a Copa do Mundo”, disse. “Uma hora a sorte tinha que ter virado para o nosso lado, porque a gente não estava jogando mal”, desabafou.
Micale também analisou a partida. “O campo estava um pouquinho pesado. Isso precisa ser melhor explorado pela nossa equipe, mas é normal essa adaptação ao piso. Foi um jogo feio. No segundo tempo a equipe melhorou. Conversamos alguma coisa aqui no vestiario. Estou satisfeito, porque está tendo rodízio do elenco e a equipe está mantendo um nível e um padrão tático”, comentou.
A parte tática também foi explicada pelo treinador. “O jogo oferecia a oportunidade do Caio flutuar entre as linhas do Bahia. Eles vieram no 4-1-4-1. Caio é um jogador mais articulador e o Carlos é mais agudo. A gente tentou trabalhar isso no primeiro tempo. Estava tendo a brecha, mas foi um primeiro tempo que não estivemos bem”, analisou. “A medida que o jogo foi decorrendo surgiu a oportunidade de usar o Silvinho por dentro (pelo centro). Ele também é articulador. Jogou assim em outras equipes. Esta em um nível físico bom para jogar em campo assim”, explicou. “O Silvinho é um jogador que a gente confia muito, experiente”, completou.
