O ex-ministro da Saúde Nelson Teich expôs ontem na CPI da Covid a cronologia de sua saída da pasta em maio, quando foi pressionado a ampliar as recomendações do uso da cloroquina para pacientes da covid-19. Na semana em que pediu demissão do cargo, relembrou Teich, o presidente Jair Bolsonaro falou a apoiadores que o ministro da Saúde deveria estar afinado a ele, que defende o uso do medicamento sem eficácia comprovada, em divergência com Teich.
Um dia antes de deixar o cargo, houve uma reunião entre Bolsonaro e empresários na qual o chefe do Executivo afirmou que a aplicação da cloroquina seria expandida. Na noite, foi a vez do presidente falar em “live” nas redes sociais sobre a expansão do uso do medicamento. Foi a gota d’água para Teich. “Ai no dia seguinte eu peço a minha exoneração”, contou.