reprodução/You Tube – Marreta venceu primeira luta principal por nocaute

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O funk composto em homenagem a Thiago Marreta diz que "o dia é do Marreta", mas a letra não acertou totalmente; afinal, foi na noite deste 23 de setembro, nas primeiras horas de domingo, que o brasileiro venceu Eryk Anders no UFC SP, no Ginásio do Ibirapuera.

O adversário não teve condições físicas de se levantar para o quarto round. "O mais importante é respeitar todos, ser um cavalheiro no octógono, assim como Anders é. Foi um prazer enfrentá-lo nesta noite", afirmou o vencedor.

Apesar da vitória, a estreia de Marreta em uma luta principal do Ultimate começou tensa. O anfitrião conseguiu derrubar o norte-americano por alguns instantes, mas ficou com a perna enroscada e quase caiu junto. Ambos permaneceram em pé.

O que se ouviu na sequência foi o momento de maior apoio da torcida brasileira durante todo o UFC SP. Aos gritos de "uh, vai morrer" e "Marreta, Marreta", o público tentou guiar seu favorito à vitória.

A trocação ficou acelerada logo no início do segundo assalto. Marreta derrubou Anders, que tentou afastá-lo com os pés e ouviu vaias das arquibancadas. Na levantada, o brasileiro carimbou o rosto do rival com uma joelhada.

Dois chutes na altura da cintura de Eryk fizeram a torcida se levantar, mas o norte-americano não caiu. Nem mesmo quando foi perseguido por Marreta, que correu e desferiu socos. O brasileiro acabou interrompendo sua própria boa sequência ao acertar o dedo no olho do oponente.

Anders começou melhor no terceiro round, bloqueando os chutes do anfitrião e levando a luta para o chão. A situação obrigou os fãs do brasileiro a cantarem ainda mais alto, estratégia que deu resultado.

Os cruzados de Marreta deixaram o visitante desnorteado, mas não o fizeram desistir. Depois de levar uma joelhada na altura do estômago, Eryk voltou a levar o combate para o chão. "Levanta, Marreta!", pediu a torcida.

Ele obedeceu, mas logo se viu obrigado a discutir com o árbitro, que interrompeu sua trocação para devolver o protetor bucal para Anders. Marreta não gostou e pareceu obstinado a castigar o adversário. E assim o fez, com golpes que impediram Eryk de continuar a luta.

Vale lembrar que a organização deste confronto, por si só, foi obra do destino. Afinal, a luta principal desta noite inicialmente seria entre Glover Teixeira e Jimi Manuwa, mas ambos se lesionaram e foram substituídos, respectivamente, por Marreta e Anders.

Curiosamente, o hino do Santos Futebol Clube abriu o confronto. Casado com brasileira e convertido em torcedor santista, Anders escolheu a letra clássica do clube para subir ao octógono – não confundir com a música "Leão do Mar", também feita em homenagem ao time alvinegro.