Valquir Aureliano – Tiago Nunes

O técnico do Athletico Paranaense, Tiago Nunes, destacou o equilíbrio do primeiro jogo da final da Copa do Brasil. O time paranaense venceu por 1 a 0 o Internacional, na Arena da Baixada, nessa quarta-feira (dia 11). “Foi um jogo com ingredientes de uma final. Jogo tenso. Muito marcante as características das duas equipes: o Inter defensivamente muito forte e o Athletico propõe um pouco mais. O jogo de pivô do Guerrero é muito forte, difícil de anular. As chances de gols foram muito parecidas. A gente dominou a bola e o espaço a maior parte do tempo, mas o Inter teve chances iguais”, declarou o treinador, em entrevista coletiva. “Tivemos a chance de ampliar com Rony, mas numa final tão parelha qualquer vantagem não é determinante, mas é importante”, destacou.

Tiago Nunes afirmou que a ideia para o jogo de volta, em Porto Alegre, é manter a postura ofensiva, de propor o jogo. “Se for para lá para segurar o resultado, a gente está fadado a sofrer”, avisou. “O desejo é manter a postura nossa de sempre, mas tem o adversário. Eles vão ser mais agressivos lá.
Passamos por situações parecidas. O jogo contra o River foi de muitos ensinamentos. A ideia é tentar manter a postura que a gente já tem, mas sabendo que mentalmente e fisicamente tem que estar muito forte para superar um time como Inter”, argumentou.

Sobre as escalações e as trocas durante o jogo, Tiago Nunes explicou que os jogadores não são titulares absolutos e não há preocupação em manter um ’11 ideal’. “Nosso papel como comissão técnica é descobrir cada jogador para cada cenário”, disse.

Em relação a Bruno Guimarães, o treinador destacou mais uma vez a qualidade do jogador. “O repertório individual é dele. Não é do treinador. É um cara que tem muita personalidade para pisar na área, para arriscar jogadas. No gol, o Marco (Ruben) foi importante saindo da área e fazendo o movimento do pivô”, explicou.

Tiago Nunes também foi perguntado sobre uma foto de 2013, dele ao lado do técnico Geninho, campeão brasileiro com o Athletico em 2001. “Sobre o mestre Geninho, nem eu lembrava dessa foto. Em 2013, fui fazer curso em São Paulo e ele foi um dos palestrantes. Sobre a declaração dele, de eu colocar mais frutas na cesta, só consigo viver esse momento positivo aqui pelo que ele plantou aqui. Ele, o Paulo (Autuori), o Vadão, o Pepe e o Antonio Lopes… Eu sou consequência de um monte de gente que veio antes de mim. Eles foram pioneiros, abriram o cenário nacional para o Athletico”, afirmou.