Manifestantes em frente ao pru00e9dio-sede da Fiep

Uma manifestação de trabalhadores da indústria de alimentos, frangos e laticínios deixa o trânsito no Centro complicado nesta manhã de terça-feria, 17. Um grupo está concentrado em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), na Avenida Cândido de Abreu, 200, esquina com a rua Heitor Stockler de França.

Com faixas de protesto e banderias do Brasil e da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PR), o grupo distribui panfletos para quem passa na região. Segundo o panfleto, a Fiep não dá aumento aos trabalhadores do setor desde setembro de 2017, o que poderá resultar em um grande passivo trabalhista. 

 O grupo ainda faz uma denúncia de que a federação estaria tratando os trabalhadores com descaso e , caso não avancem as negociações, os trabalhadores ameaçam cruzar os braços por tempo indeterminado.

Fiep acompanha negociação com trabalhadores das indústrias de alimentos

Em nota encaminhada ao Bem Paraná, a Fiep reconheceu como legítima a manifestação dos trabalhadores e afirmou estar atenta e acompanhando de perto as negociações, iniciadas em setembro último e que já chgaram a um denominador comum quanto ao reajuste salarial – o último entrave seria o valor do vale-alimentação. Enquanto os trabalhadores reivindicam R$ 185, a classe patronal oferece R$ 175.

Confira abaixo a nota na íntegra

A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) reconhece como legítima a manifestação dos trabalhadores das indústrias de alimentos e informa que está atenta e acompanhando de perto as negociações. A Fiep destaca que as negociações, iniciadas em setembro último, já resultaram em avanços importantes para os trabalhadores, com proposta de reajuste de 2,5%, o que representa um aumento real de quase 50%, uma vez que o INPC do período foi de 1,73%. Além disso, nessa proposta, o piso salarial da categoria passou de R$ 1.313,40 para R$ 1.353,00. O impasse permanece no valor do vale-alimentação. A proposta da classe patronal é de R$ 175/mês e os trabalhadores reivindicam R$ 185/mês. 

As negociações envolvem o Sindicato da indústria do Arroz, Milho, Soja e Beneficiamento de Café do Paraná (Samisca), o Sindicato das Indústrias de Mandioca do Estado do Paraná (SIMP) e duas federações de trabalhadores, a Federação dos Empregados nas Indústrias de Alimentos do Paraná (Feapar) e a Federação dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentos do Paraná (Ftia). A Feapar já concordou com as bases propostas e a Convenção Coletiva de Trabalho foi fechada em março último. O impasse permanece apenas com a Ftia. A Fiep espera que haja um entendimento e que o acordo possa ser formalizado também com esta federação.