SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Autoridades turcas ordenaram a prisão de 61 militares da Marinha e da Infantaria, inclusive oficiais, por suposta ligação com o clérigo Fethullah Gülen, que vive nos Estados Unidos.

O governo do presidente Recep Tayyip Erdogan acusa Gülen de estar por trás da tentativa de golpe em julho de 2016, durante a qual 250 pessoas morreram.

Desde então, ao menos 140 mil pessoas já foram detidas no expurgo -às vezes por acusações vagas como apoiar o golpe. O estado de emergência declarado pelo governo logo após o golpe durou até julho passado.

Críticos de Erdogan dizem que ele usou o golpe fracassado como pretexto para endurecer contra a oposição; o governo diz que as medidas como prisões e expurgos são necessárias para garantir a segurança nacional.

Dezoito dos militares detidos são da ativa. Os suspeitos incluem 12 majores e 12 capitães da Infantaria e 24 tenentes da Marinha.

Em outra operação, 21 pessoas foram detidas por usar um aplicativo de mensagens encriptadas, em sua maioria ex-professores.

Desde a tentativa de golpe, as autoridades turcas vêm detendo jornalistas -foram 73 em 2017, segundo o Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ).