Reprodução de vídeo – Marcelo Azambuja (acima

A Uber anunciou nesta quinta-feira (3) mais medidas de segurança e prevenção para usuários e motoristas e entregadores parceiros. Desta vez, além da segurança pessoal, foram abordadas questões relativas à pandemia do coronavírus. Com isso, houve ênfase no trabalho do Uber Eats e nas preocupações sanitárias em geral. Os anúncios foram feitos no Uber Destino 2020, evento virtual promovido nesta quinta-feira.

Segundo a diretora-geral da Uber no Brasil, Claudia Woods, a pandemia demandou preocupação com saúde, higiene e questões pessoais. Foram construídos centros de higienização de veículos em 10 cidades (Curitiba entre elas). Por dia, são feitas desinfecções de 1.300 carros e mochilas, com uma tecnologia parecida com a usada em UTIs. Além disso, a cada dia são instaladas 1.300 divisórias nos veículos para separar motoristas de usuários – algo inédito no mundo.

Além disso, tanto motoristas quanto usuários passarão por checagem para verificar se estão usando máscara. “Segurança é responsabilidade de todos. Não basta o motorista usar, os usuários têm que seguir o mesmo padrão”, disse ela. Ainda há ações para comunidades: no mundo todo, foram 10 milhões de viagens e entregas grátis para casos específicos, como entregas de cestas básicas e viagens para profissionais de saúde e pacientes em tratamento oncológico.

“A mobilidade foi duramente impactada (com a pandemia). Conforme as cidades vão reabrindo, as pessoas vão avaliar melhor a maneira de se locomover”, disse Marcelo Azambuja, diretor do centro de tecnologia da Uber.

No caso da Uber Eats, o usuário já podia optar pela entrega sem contato com o entregador, lançada no começo do ano. Agora, a empresa fará um guia de transparência de práticas de segurança e higiene dos restaurantes, com uma lista de pré-recomendações e detalhes a serem utilizados — o estabelecimento terá que concordar com essas práticas. Já foi implantado um checklist de segurança para motoristas e entregadores e o usuário pode verificar detalhes sobre as precauções do entregador (como higienização do veículo e uso de máscara). A empresa ainda promete novos materiais de educação para motociclistas e ciclistas para prevenção de acidentes. 

Segurança pessoal

Algumas novidades em termos de segurança pessoal serão implantadas nos próximos dias. Uma delas é o U-ajuda 2.0. Se antes o aplicativo detectava paradas inesperadas ou longas, agora pode detectar se a viagem está sendo finalizada no local correto. Ainda é possível chamar autoridades de segurança ou reportar acidentes. Isso vale tanto para usuários quanto para motoristas. Outra novidade é a checagem de documentos — anunciada em 2019, mas que passará a valer neste ano. O usuário apresenta um RG para ser escaneado. Se o documento for solicitado novamente e não for o correto, o aplicativo diz que não é possível fazer a viagem.

Violência contra a mulher

Segundo a Uber, um dos maiores desafios é a violência contra a mulher. De acordo com números do Monitor da Violência e Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mesmo durante a pandemia houve um aumento de 9% em mortes violentas no Brasil, na comparação com 2019. No caso dos femincídios, a alta foi de 11,5%.

“A Uber assumiu compromisso público”, disse Claudia Woods, que anunciou uma ferramenta para ajudar mulheres em situação de risco: um chatbot no Whatsapp. Nela, a mulher pode reportar se está com problemas em termos de segurança pessoal. Segundo Claudia, mais de 3.300 mulheres já foram atendidas. A ferramenta será estendida até o final do ano. “Sabemos que não é um assunto de solução simples, é endêmico. Por isso o compromisso a longo prazo”, afirmou ela.