O Conselho Universitário da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) decidiu, em reunião realizada na última segunda-feira (25), acabar com as cotas raciais nos concursos vestibulares de 2014 (ingresso em 2015). Assim, haverá reserva de vagas apenas para estudantes que tenham cursado o ensino fundamental e médio, integralmente, na escola pública, deixando de existir a cota para negros oriundos da rede pública de ensino.

O regime de cotas foi implementado em 2006 pela UEPG, com prazo de validade de oito anos. Ao final, o sistema seria avaliado, decidindo-se pela sua continuidade ou não.

Segundo a pró-reitor de Graduação, Graciete Tozetto Góes, relatora da matéria na sessão do Conselho Universitário, a UEPG, realizou durante o ano seminários debatendo o tema. Posteriormente, constituiu-se uma Comissão de Acompanhamento da Política de Cotas, responsável pela discussão de adequações no sistema e elaboração da proposta a ser levado ao Conselho Universitário. Tal comissão elaborou uma proposta que elaborava as seguintes alternativas:

(1) manter a política de cotas na UEPG por mais oito anos; (2) manter cotas para estudantes oriundos de escola pública – exigindo que o candidato tenha realizado todo ensino fundamental e todo o ensino médio em escola pública da esfera municipal, estadual ou federal; e (3) manter a cota para estudante negro oriundo de escola pública – que tenha realizado todo ensino fundamental e todo o ensino médio em escola pública da esfera municipal, estadual ou federal.

No encaminhamento dos trabalhos, o CEPE apresentou proposta na qual se extinguiria a cota para negros oriundos de escola pública, estipulando-se percentual de 50% das vagas para sistema de cotas da escola pública e 50% de vagas para o sistema universal, com redução de 5% ao ano no percentual de vagas para o sistema de cotas, até um piso de 35%. Esta proposta foi a que acabou saindo vencedora e terá duração de oito anos, com revisão de percentuais ao final do quarto ano.