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Pró-reitores, superintendente e estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) se reuniram na noite desta quarta-feira (27) para discutir a segurança no Campus Jardim Botânico. Novas medidas foram definidas conjuntamente e serão adotadas, como modificação das rotas dos vigilantes motorizados, colocação de lâmpadas de led e poda de árvores para melhorar a iluminação e instalação de alarmes nos centros acadêmicos. Os locais e as ações também foram determinadas a partir de pesquisa feita com estudantes do Campus.

Participaram da reunião a pró-reitora de Assuntos Estudantis da UFPR, Maria Rita de Assis César; o pró-reitor de Administração da Universidade, Marco Antonio Ribas Cavalieri; o superintendente de Infraestrutura da UFPR, Sérgio Michelotto Braga; representantes de 11 centros acadêmicos (CAs) do Campus, do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e do Coletivo Feminista Daysi.

Foram discutidas questões de segurança em geral no Campus Jardim Botânico e os arrombamentos nos centros acadêmicos, que passarão a ter alarmes que já estão sendo providenciados pela Pró-reitoria de Administração (PRA) e pela Pró-reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças (Proplan), com instalação da Superintendência de Infraestrutura (Suinfra). A pró-reitora de Assuntos Estudantis da UFPR, Maria Rita, acrescenta que analisou-se que os arrombamentos foram feitos em centros acadêmicos que guardavam dinheiro em suas dependências. “Foi solicitado que os CAs evitem esta prática, pois pode incentivar novas ocorrências”, salientou a pró-reitora, que ao final ainda disse que a segurança é uma ação colaborativa para o benefício de todos.

As novas mudanças de segurança serão estendidas aos demais campi da UFPR

Uma pesquisa para verificar a percepção dos estudantes em relação à segurança do Campus foi feita pelo DCE em parceria com os centros acadêmicos e com a PRA. Um questionário foi disponibilizado online durante 10 dias, desde a semana passada, e foi respondido por 745 alunos de diferentes áreas, como Saúde, Ciências Sociais Aplicadas, Engenharia Florestal e Educação Física. Os estudantes indicaram pontos que consideram ser vulneráveis – os locais terão as novas medidas de segurança implantadas.

Para o secretário-geral do DCE da UFPR, Matteus Henrique de Oliveira, o papel do estudante também é ajudar a formular políticas de segurança. “Os alunos precisam compreender que fazem parte da Universidade, que todos devem colaborar, não é uma questão apenas de levar os problemas, mas repensar rotinas e propor políticas e ações de segurança conjuntamente com a Administração. Conseguimos levantar e enfrentar problemas e é importante que esse canal de comunicação permaneça”, considera o estudante de Direito da UFPR.

A pró-reitora Maria Rita avalia que a reunião foi fundamental, porque quando se aborda segurança é preciso tratar coletivamente. “As tomadas de decisão precisam ser junto aos estudantes. Trata-se de uma ampliação da política de segurança com a colaboração efetiva dos alunos, inclusive sobre o compartilhamento de dados reais, que demonstram que a UFPR não é um espaço inseguro, embora público e aberto. Por isso mesmo, todos nós precisamos verificar nossas rotinas e buscar formas para minimizar as oportunidades para que novas ocorrências aconteçam”, afirma.

A PRA reforça a importância de que as ocorrências sejam registradas formalmente, via canais internos e boletim de ocorrência, para que seja possível à instituição tomar ciência dos casos e agir. Os contatos para notificação das ocorrências na PRA podem ser feitas pelos contatos [email protected] ou (41) 99176-1341.

O pró-reitor de Administração da Universidade, Marco Antonio Ribas Cavalieri, ressalta que é muito importante saber onde a comunidade percebe brechas de segurança para agir com precisão nesses lugares. “É sabendo o que está de fato acontecendo que podemos atuar com mais assertividade nas ações como a modificação de rotas, a melhoria na iluminação e outras formas e ações possíveis. A segurança de todos nós como um processo de construção coletiva implica isso. Essa informação precisa circular”.