A UFPR manteve em 2016 a mesma nota – quatro em uma escala que vai de um a cinco – verificada no ano anterior pelo Índice Geral de Cursos (IGC), um dos conceitos relacionados a instituições de ensino superior verificados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A nota quatro permaneceu a maior entre as 16 universidades paranaenses avaliadas (públicas e privadas), sendo obtida por 11 delas. Os resultados foram divulgados pelo Inep na segunda-feira (04).

No quesito IGC Contínuo, que equivale à média geral das universidades no IGC e embasa o enquadramento nas faixas de conceito (um a cinco), a UFPR obteve a maior média entre as universidades paranaenses — 3,7486. Foi a mesma situação ocorrida no ano anterior, quando a média da UFPR foi 3,7496.

Ainda na comparação com o IGC medido em 2015, a UFPR conseguiu, em 2016, aumentar a variável Conceito Médio da Graduação, que passou de 3,0825 para 3,0983. Esse conceito é uma média ponderada dos conceitos preliminares de curso (CPCs) e é usado pelo Inep para indicar a qualidade geral dos cursos de graduação da instituição.

O IGC avalia anualmente a qualidade de todos os cursos oferecidos pela instituição, seja na graduação ou na pós-graduação. Para isso, considera as médias dos três últimos CPCs do Inep e a avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) voltada a cursos de pós-graduação.

A Nota Técnica 39/2017, do Inep, especifica como é feito o cálculo do IGC, que pondera ainda informações como o número de matrículas (estudantes cursando ou formandos/titulados) nos cursos de graduação e de pós-graduação.

Das 229 universidades avaliadas pelo Inep no IGC 2016 que tiveram notas divulgadas, 12 obtiveram conceito cinco (5,2%%); 86, conceito 4 (37,5%); e 130, conceito três (56,7%). Para obter conceito cinco no IGC, a instituição precisa ter IGC Contínuo igual ou superior a 3,945.

CPC

Divulgado no fim de novembro, o mais recente Conceito Preliminar de Curso (CPC) do Inep foi calculado a partir de dados apurados em 2016. O ciclo em questão avaliou cursos de graduação de bacharelado e licenciatura nas áreas de Saúde, Ciências Agrárias e afins; e eixos tecnológicos nas áreas de Ambiente e Saúde, Produção Alimentícia, Recursos Naturais, Militar e Segurança.

Na UFPR, foram avaliados os cursos de Agronomia, Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Serviço Social e Zootecnia, nos campi de Palotina, Curitiba e Matinhos.

Os conceitos referentes a esses cursos ficaram entre três e quatro, sendo que os cursos de Enfermagem e de Medicina subiram a nota de 3 para 4 na comparação com o ciclo anterior dessas áreas, apurado em 2013.

De acordo com a Nota Técnica 38/2017, o CPC é calculado por meio de variáveis como a nota dos estudantes concluintes do Enade e a titulação dos professores e seu regime de trabalho. Também usa dados refentes ao Questionário do Estudante, que é preenchido por alunos que prestam o Enade. O questionário aborda perguntas sobre organização didático-pedagógica, infraestrutura, instalações físicas e oportunidades de ampliação da formação acadêmica e profissional que estudantes percebem em seus cursos. Para que o CPC seja calculado, é preciso que o curso possua pelo menos dois graduandos participando do Enade.

Para apurar o IGC 2016, o Inep usou dados dos CPCs de 2016, 2015 e 2014 das instituições de ensino superior, fechando os três ciclos que compreendem as áreas de graduação.

Em 2018, serão divulgados os dados apurados em 2017, ano em que o CPC abrange bacharelados e licenciaturas das áreas de Ciências Exatas, Licenciaturas e áreas afins; e eixos tecnológicos nas áreas de Controle e Processos Industriais, Informação e Comunicação, Infraestrutura, Produção Industrial.