Divulgação – Chloe Zhao é a segunda mulher a vencer o Oscar de melhor direção e encara a cerimônia com look Hermés e tênis

Os tempos são loucos e a arte nos ajuda a sobreviver e a entender o que acontece à nossa volta. Por essas e outras que a edição de 2021 do Oscar foi diferente. Menor, mais discreta, celebrou o sonho, o trabalho e a inspiração. Foi mais política que outras vezes. Premiou pela segunda vez na história uma mulher como a melhor cineasta, a chinesa Chloe Zhao, de ‘Nomadland’, em que falou de nômades urbanos, uma das faces da sociedade atual. Brindou o talento de Anthony Hopkins, que, em ‘Meu Pai’, fala da velhice, e de Daniel Kaluuya, que nos lembra, em ‘Judas e o Messias Negro’, que todas as vidas importam.

No meio disso tudo, a moda se adequou ao discurso contemporâneo. O tapete vermelho, ainda que restrito, teve looks opulentos, mas teve também serenidade chique, como foi o caso da própria Chloe Zhao, que acompanhou o modelo Hermés com tênis branco. Ou Tiara Thomas, que veio de tailleur com plumas e decote. Ou Vanessa Kirby, de nude clássico e sofisticado. Discrição apropriada para o momento.

Em tempo
Neste domingo nos despedimos de Alber Elbaz, estilista marroquino que, por anos, comandou a Lanvin. Vestiu Meryl Streep e Tilda Swinton, quando receberam suas estatuetas. Era fascinado pelas mulheres, tinha um processo intuitivo e inovador. Ele que estava agora diante da criação de uma marca própria morreu de Covid-19 e deixou a moda mais triste.

A noite teve tailleurs de vários estilos e, entre eles, este de blazer oversized e acabamento em plumas de Tiara Thomas

O vestido cool e sofisticado de Vanessa Kirby, da Gucci

Tilda Swinton usou o longo de um ombro só assinado por Elbaz, em 2008, quando venceu o Oscar

Meryl Streep de dourado e decote profundo da Lanvin, em 2012, quando levou a estatueta

Alber Elbaz morre de Covid-19