Itaipu Bi Nacional/Divulgação

Depois de quase um ano fechado, a Itaipu voltou a abrir seu vertedouro. Desde os primeiros 40 minutos da madrugada desta segunda-feira, 18 de maio, a usina começou a liberar água para ajudar a aumentar o nível do Rio Paraná a jusante (abaixo da barragem).

A medida vai possibilitar o escoamento da safra de grãos do Paraguai e da Argentina até o Porto de Paranaguá. A longa estiagem prejudica a navegação no Rio Paraná, dificultando o transporte de grãos da Argentina e do Paraguai para os portos de Buenos Aires e do Uruguai. Sem essa operação de Itaipu, os países vizinhos teriam prejuízos.

“Essa ajuda é para evitar um colapso na economia dos países vizinhos numa época de tantas dificuldades”, diz o general Joaquim Silva e Luna, diretor-geral brasileiro de Itaipu. O vertimento inicial previsto deve durar 12 dias. Não haverá prejuízo para a produção da usina, já que a demanda solicitada à Itaipu continua baixa.

A Itaipu e a Defesa Civil alertam a população sobre o aumento da vazão. Nos últimos tempos, o rio, próximo à Ponte da Amizade, havia virado um roteiro de visitação para registros de fotos por causa da seca histórica.

Há mais de um mês, os governos brasileiro, paraguaio e argentino vêm negociando maior produção da usina de Itaipu, que havia sido reduzida em função do  desaquecimento da economia.

A Itaipu

Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, 2,7 bilhões de MWh. Em 2016, a usina brasileira e paraguaia retomou o recorde mundial anual de geração de energia, com a marca de 103.098.366 MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de aproximadamente 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do Paraguai.