Apesar da prorrogação da campanha nacional de vacinação, em Curitiba a cobertura vacinal contra o sarampo e a pólio ficou abaixo da meta defendida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo o balanço final da prefeitura de Curitiba, a capital tem 87.552 crianças na faixa etária de 1 ano a menores de 5 anos, público-alvo da ação. Destas, 82% (71.480) foram vacinadas durante a campanha contra poliomielite e 76% (66.627) contra sarampo.

Em Curitiba, o objetivo da campanha foi manter a cobertura alta das vacinas, minimizando o risco de reintrodução das doenças. A meta difundida pela Organização Mundial de Saúde é de 95% de cobertura. A cobertura de rotina da Vacina Tríplice Viral na cidade é de 95,8%, e, contra a poliomielite, de 92,9%. Apesar dos números repassados, o  o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, Alcides Oliveira, disse que a meta foi alcançada em Curitiba. “É importante esclarecer que Curitiba tem a cobertura contra o sarampo acima da meta da OMS, o que assegura as nossas crianças a prevenção contra a doença”, declarou.

Após o encerramento da campanha de vacinação contra o sarampo e a poliomielite do Ministério da Saúde, as vacinas continuarão disponíveis na rotina, para quem ainda não foi imunizado. A Vacina Contra a Poliomielite deve ser administrada em duas doses, a primeira aos 15 meses e a segunda dose, com 4 anos.

Neste sábado (1/9) foi a última oportunidade para pais e responsáveis levarem crianças entre 12 meses e 5 anos incompletos se serem vacinadas contra o sarampo e a poliomielite. Em Curitiba, 11 Unidades de Saúde ficaram abertas, das 9h às 15h, para atender as famílias curitibanas na Campanha Nacional de Vacinação.

Durante o dia foram aplicadas 3.360 doses das vacinas contra as duas doenças, conforme levantamento preliminar da Secretaria Municipal da Saúde realizado até as 15 horas deste sábado. Os números oficiais podem variar pois algumas das Unidades ultrapassaram o horário das 15h, devido a procura. 

O Ministério da Saúde optou por imunizar mesmo as crianças que já estão com o esquema vacinal completo, levando em conta o contexto epidemiológico atual do País. A empresária Angélica Duarte ficou sabendo da campanha na última semana e proveitou para levar os filhos, Adriel e Gabriele para se vacinarem. “Ainda bem que deu tempo, é importante proteger os nossos filhos”, alerta.

A professora Michelle Kochanovecz trabalha na região metropolitana e teve dificuldades em conciliar os horários com o esposo para levar os gêmeos Raul e Rafael de 3 anos para vacinar. “Eu não consigo trazer os dois sozinha. Vi na teve que a campanha seria estendida e nos programamos para trazer os dois, porque afinal a prevenção essencial”, conta.

Da Vacina Tríplice Viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) foram aplicadas 1.324 doses em crianças de 1 ano a 5 anos incompletos, alvo da campanha. Outras 365 doses foram aplicadas em pessoas entre 5 e 49 anos neste Segundo Dia D. Da Vacina Vontra a Póliomielite, a "da gotinha", foram 1.671 doses nos curitibinhas público-alvo da campanha do Ministério da Saúde. 

Para a tríplice viral a recomendação é que as pessoas com até 29 anos tenham em sua carteira de vacinação duas doses da durante a vida. Já quem tem entre 30 e 49 anos deve ter, ao menos, uma dose da vacina tríplice viral durante a vida. Se a pessoa não tiver tomado as doses recomendadas, ou não souber se tomou ou não, a recomendação é procurar uma Unidade de Saúde para orientações.

As vacinas podem ser feitas segunda à sexta-feira, em horário comercial, nas 110 Unidades de Saúde. É preciso apresentar um documento de identificação e é recomendável levar a carteira de vacinação.